domingo, 13 de fevereiro de 2011

Sem-teto gays de SP andam juntos para se proteger


"Acordem, meninas. São 7h, a diária acabou", diz o vigia de um estabelecimento comercial localizado na avenida Paulista.

Ele está falando com Samuel, 38, Joaquim, 35, Josué, 42, e Leandro, 23. Os quatro são gays e mendigos, moradores de rua.

Eles vivem em grupo para se proteger. Nos últimos meses, cresceram as agressões a moradores de rua e contra gays na avenida Paulista.

Por serem pedintes, por serem homossexuais e por estarem naquela região, os quatro se dizem triplamente expostos. Dizem já ter sido espancados pela polícia, por skinheads e até por outros moradores de rua.

Todos esses mendigos gays têm em comum histórias de rejeição da família, de dependência de álcool e drogas, de prostituição e de abuso sexual na infância.

Todos têm uma "identidade" feminina. Josué é Kelly ("de Grace Kelly"). Samuel é Sam. Joaquim é Giovanna Antonelli. E Leandro é Ludimila. Deste ponto em diante, serão chamadas por seus nomes de mulher.

A maior queixa é a intransigência dos abrigos, que proíbem a entrada de mendigos travestidos. "Dizem: 'senhora, tem de colocar roupa de homem'", diz Kelly.

Com isso, muitos buscam escamotear a homossexualidade para conseguir vaga nos albergues e se precaver da violência e da discriminação dos outros abrigados.

"Sou uma mulher presa num corpo de homem. Não consigo representar uma coisa que não sou", diz Cláudio, nome de batismo de Cláudia, 39, travesti em terapia hormonal para ter traços femininos e crescer mamas.

A situação chegou aos bancos acadêmicos e virou tema de pesquisas de pós-graduação na USP e em outras universidades paulistas.

"Quanto maior a identidade transgênica, maior é a violência. Agregam estigmas que agravam a exclusão social", diz a psicóloga Fernanda Maria Munhoz Salgado, que faz mestrado na PUC sobre mendigos homossexuais.

Também mobilizou a militância gay, que negocia com a prefeitura a abertura do primeiro albergue exclusivo para gays, lésbicas, travestis e transexuais de São Paulo.

"Se cederem o imóvel, no estado em que estiver reformo com o meu próprio dinheiro", afirma o empresário Douglas Drumond, dono da sauna gay 269, na região da avenida Paulista.

Segundo o censo da prefeitura, havia 13.666 moradores de rua em São Paulo em 2009. No próximo recenseamento, deve ser incluída uma pergunta sobre a orientação sexual para saber, ao menos, quantos são.



Fonte: Folha

Enquanto isso no Twitter...

Desculpem, mas eu acho uó é o pensamento de certos gays que só tem olhos para a riqueza, glamour e blá blá blá! Isso parece tão vazio, uma pena!

10 comentários:

  1. Esse Aguinaldo Silva é um lixo!

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  2. Uó é essas pessoas que não se solidarizam do seu proximo principalmente quando são gays.E Aguinaldo o mundo gira e nada impede que nesse mundo voçê um dia acabe se tornando um morador de rua blz.Acorda pra vida querida!!!

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  3. Esse Aguinaldo Silva é extremamente antipático, aquele tipo de bicha velha amarga que nao conseguiu um companheiro, agora fica destilando veneno, com um bando de puxa-saco atras dele querendo papel naquelas novelinhas horriveis que ele comete.
    P.S: Tb sou bicha e velho, mas nao tenho raiva do mundo como esse sujeito.

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  4. Aguinaldo Silva LIXO PURO NUNCA VI ALGUEM ASSIM.... TEM QUE RESPEITAR O PROXIMO INDEPENDENTE DO SEXO... AINDA USA PALAVRA DE BAIXO CALÃO... "BICHA'

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  5. Quantas almas vagando por esse mundo onde reina a miséria de amor e a falta de humanidade nos corações. É triste poder saber que essas pessoas são assim tão discriminadas simplesmente por elas serem elas mesmas. Tomara que todos possam um dia viver sob o mesmo teto da justiça, da fraternidade, da igualdade e do amor.

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  6. esse aguinaldo silva foi um mt infeliz ao falar isso, ridiculo!

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  7. grande exemplo de como preconceito só gera mais preconceito. E ainda muitos insistem que nós somos "evoluídos"..

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  8. O que esperar do melhor amigo de Susaninha sem noção???

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