segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Bruno Chateaubriand é agredido em restaurante em Ipanema


Eleito o melhor destino gay friendly do mundo, o Rio de Janeiro continua nas manchetes das agressões homofóbicas. Na madrugada do último sábado (6.10), o jornalista Bruno Chateaubriand dividia a mesa com o marido, André Ramos, e outros quatro amigos no restaurante Néctar, na rua Farme de Amoedo, em pleno coração gay de Ipanema, quando um grupo de quatro marmanjos começou a ofendê-lo com xingamentos e ameaças de agressão física. “Eles começaram a gritar: ‘Veado, vai morrer.

Quando sair daqui vai apanhar muito’. É revoltante passar por esse tipo de humilhação e a gerência não tomar nenhuma atitude”. O pior é que ninguém pode ser preso até terça-feira exceto quando houver flagrante, em razão de uma sentença criminal por crime inafiançável. Me senti completamente desamparado e meus amigos me retiraram do restaurante rapidamente. Em 37 anos, já passei por muitas situações desagradáveis de desrespeito, mas nunca uma como essa”, diz Chateaubriand à coluna, que vai entrar com uma ação de proteção aos direitos humanos hoje (08.10) contra o estabelecimento.

O gerente diurno do estabelecimento, Carlos Cavalcanti, que não estava presente durante o episódio, disse à coluna que o seu colega de trabalho, Dida, que cobre o período noturno, não soube da agressão e por isso não fez nada. “Dida me disse que ele (Bruno) não reclamou na hora e só ligou depois. Não aceitamos qualquer tipo de comportamento agressivo. Somos treinados por nossos patrões e, quando percebemos qualquer tipo de atitude desrespeitosa, impedimos na mesma hora”, disse Carlos. Chateaubriand recorreu à Coordenadoria da Diversidade Sexual, pasta criada pela prefeitura e comandada por Carlos Tufvesson, e marcou uma visita para amanhã (09.10) para saber como agir em casos de constrangimento ilegal. “Ele será atendido pelo advogado Carlos Alexandre Neves Lima, que tem uma vasta experiência no setor.

O fundamental é que as pessoas denunciem quando forem vítimas, mesmo que não dê em nada elas têm o direito a serem atendidas pela prefeitura. Temos um convênio com a Defensoria do Estado e encaminhamos o caso para o Núcleo de Defesa da Diversidade Sexual e Direitos Homoafetivos (NUDIVESIS) e depois fazemos o acompanhamento. Qualquer agressão à cidadania é deplorável. Temos que mudar o chamado silêncio dos bons e colocar a boca no trombone”, disse Tufvesson à coluna.

O telefone da Coordenadoria é (21) 2976- 9138. Segundo o Relatório sobre Violência Homofóbica no Brasil, publicado em 2011 pela Secretaria de Direitos Humanos, só no ano passado foram registradas 6.809 denúncias de violações aos direitos humanos da população LGBT. Ao todo, foram 1.713 vítimas e 2.275 suspeitos.

De acordo com o Grupo Gay da Bahia, um homossexual morre no Brasil a cada 36 horas por motivos relacionados a crimes de homofobia.

7 comentários:

  1. Claro que nenhuma agressão se justifica, mas convenhamos que certos gays GOSTAM de ser desagradáveis, de chamar a atenção, de dar pinta em público, etc. Acho que eles pensam assim "vamos beijar na boca, vamos soltar a franga e dar gritinhos" pra ver se alguem se sente incomodado, daí a gente processa.

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    1. Isso, pq o correto é fingir ser quem vc não é só para não incomodar os outros... ?

      Seu pensamento é tão boçal e agressivo qto o dos agressores.

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  2. Que susto!
    Pensei quele tivesse apanhado!

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  3. Anônimo(8 de outubro de 2012 23:24) que mentalidade é essa?!?!?! E, ainda, você os teria colocado(ou nos colocado) como armadores de situações para levar vantagens com um possível processo? Se for assim mesmo que pensas, reflita! Mudando de assunto, é bem curioso que um fato como este ocorra naquela rua, já que a mesma é subentendida como uma rua gay. Talvez, por isso, o caso revolte ainda mais! Porém, o que os funcionários poderiam ter feito, não é mesmo? Uma vez que, até onde sei, nunca percebi alguém que fosse explicitamente responsável pela segurança no estabelecimento. E, se, os tais agressores, também, consumiam no local, fica mais 'difícil' ainda. Quem já trabalhou, sabe do que estou falando. O que pode ser feito em casos como este, acredito eu, é prestar um apoio ao cliente, no sentido de esclarecer o fato com imparcialidade. Por fim, mesmo sendo uma rua habitualmente frequentada por gays, estes e, quem quer que seja, estão vulneráveis por ali e nas imediações, pois sempre houve uma 'sensação' de insegurança, com uma ligeira melhora nos últimos anos.

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  4. Esse primeiro anonimo que comentou deve ser enrustido ate a alma!

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  5. beijos heteros quando são demasiadamente calientes tambem constragem e os gays tendem a expressar seu amor de forma muito exagerada. se é casado praque tem q ficar dando amasso na rua?

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  6. Não canso de falar – o Rio não é uma cidade civilizada!!! Acontece todo o tipo de violência naquela cidade, porque o carioca é violento! São golpes de todos os tipos contra os turistas e cidadãos, agressões, xingamentos, vexames... O carioca é tenso.
    O CARIOCA PRECISA URGENTEMENTE DE PAZ NO CORAÇÃO!

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