domingo, 29 de maio de 2011

Jonatas Faro de sunga na sala



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Beijou Diego Hypólito e amigo...

Aguinaldo Silva fala sobre união civil e beijo gay em novelas


Como você vê a questão da união homoafetiva sendo regulamentada no país?

Acho que a coisa mais importante dessa decisão do Supremo Tribunal Federal, que legislou em cima de um assunto que cabia ao Congresso legislar, é que ela dá cidadania às pessoas. Os gays agora são cidadãos, como preconiza a Constituição. Mas eu, por exemplo, não me casaria nunca. Vejo o casamento dos meus amigos heterossexuais, e penso: não quero isso para mim. Estou fora (risos). Mas foi um passo importante em direção ao progresso. Se bem que o progresso atenta contra as novelas porque é menos uma trama para você desenvolver (risos). Agora não terei mais um casal gay sofrendo porque não pode casar na minha novela, apesar de ainda haver muito preconceito. No Brasil, existe uma coisa muito engraçada: você pode fazer, mas não pode contar. Porque é claro que as pessoas transam.

Você acha que é esse preconceito que cria todo esse burburinho em torno do beijo gay em uma novela?
Nossa! Não aguento mais isso! O mais engraçado é que nas novelas argentinas, que é um país muito mais machista que o Brasil, já tem cena de cama entre dois homens e a audiência vai às alturas. Lá tem uma novela chamada “Las Botineras”, que fala sobre o universo das marias-chuteiras, e que mostra uma cena entre dois jogadores de futebol que sentem uma atração enorme um pelo outro e acabam transando em uma cena bem explícita, filmada em câmera lenta e tudo. Aqui no Brasil não pode nem beijo gay. E se não pode, não pode. Não vou mais insistir. Na minha escala de assuntos urgentes, esse deve ser o 15º assunto. Em “Fina Estampa”, por exemplo, quero discutir o que vale mais: aparência ou caráter? Quero mostrar também as mulheres de 50 anos que têm uma vida sexual ativa, que saem para caçar, que têm amantes, namorados, que pegam garotos mais jovens, mas existe uma convenção sobre elas: elas podem continuar tendo vida sexual, mas estão aposentadas para a procriação. E aí, entra a ciência, em que você não pode gerar um filho, mas pode abrigar um filho, emprestando a barriga, e na novela vai ter uma discussão dessas.


Você vai abordar a homossexualidade de alguma forma em “Fina Estampa”?
Já quis mostrar, mas hoje isso não me interessa mais. Em ‘Fina Estampa’ até terei um personagem gay, mas quero mostrar um outro tipo de gay, aquele que idolatra as mulheres, que as tem como diva. Terei um personagem, que vai ser o secretário da Christiane Torloni, que é o Crodoaldo Valério – ele se chama assim porque o escrivão errou seu nome na hora do registro, e ele morre de vergonha. Ele é completamente devotado à personagem da Christiane, e ela o mantém meio que escravo a partir de uma série de promessas. É um homossexual que é totalmente devotado às mulheres. Os homossexuais adoram as mulheres, ao contrario do héteros (risos).

Fonte: Globo