domingo, 27 de outubro de 2013
Comissão de Feliciano barra pensão a homossexuais
Mais um capítulo da guerra dos gêneros que se evidenciou com a ascensão do Pastor Feliciano (PSC-SP) à presidência da Comissão de Direitos Humanos. O deputado Pastor Eurico (PSB-PE) deu parecer contrário ao projeto 6297/05, do ex-deputado Maurício Rands (PT-PE), que muda a lei e inclui nos direitos previdenciários os parceiros homossexuais, inclusive os servidores federais com união estável. Vai para a gaveta.
Fonte: Correio do Brasil
Fonte: Correio do Brasil
Homens também praticam pole dance, mas enfrentam preconceito
Segundo a educadora física e especialista em pole dance Mari Silva, diretora da Vertical Fit e presidente da Federação Paulista de Pole Dance, os próprios homens têm vergonha de praticar o esporte. "Como a maioria das praticantes é mulher, poucos têm coragem. Ainda há muito preconceito e eles temem ouvir piadinhas dos amigos", diz ela.
"Em 2010, parei minha faculdade de Comunicação e mudei-me para o Rio de Janeiro. Fui trabalhar na recepção de uma academia que tinha aula de pole dance, vi as meninas fazendo, fiquei curioso e resolvi tentar também. Comecei a praticar em março e em setembro do mesmo ano já ganhei o Campeonato Brasileiro. Foi uma descoberta, eu nunca tinha feito nenhuma atividade física. Quem é sedentário sente dificuldade no início, tive que ter muita dedicação", Julio Peixoto, 26 anos, de Petrópolis, vencedor do Campeonato Brasileiro nos anos de 2010 e 2011. Por Andrezza Czech
"Hoje o pole dance se tornou minha profissão. Dou aula em dois estúdios no Rio, e em ambos tenho alunos homens. Comecei a dar aulas em 2011 e percebo que a procura masculina tem aumentado. Eles costumam assistir às aulas sempre com o pé atrás. Quando peço para que eles testem um movimento, eles percebem o quanto é difícil e o tanto de força que o esporte exige. No fim, acabam ficando. O preconceito existe. A minha família mesmo não falava nada, não dava opinião porque ninguém sabia o que era. Até que viram como é o esporte e adoraram", Julio Peixoto, 26 anos, de Petrópolis, vencedor do Campeonato Brasileiro nos anos de 2010 e 2011
"Sempre gostei de pole, imaginava que deveria existir para homens, mas não tinha certeza. Há dois anos, meu irmão e eu fomos fazer intercâmbio nos Estados Unidos e fomos a um bar onde uma garçonete me mostrou uns truques de pole. Voltei ao Brasil no ano passado e, nesse ano, pensei o que poderia fazer para a complementar a musculação. Acho academia algo meio chato. Sempre gostei de dança, já fiz muito hip hop e street dance, mas não consigo avançar muito nas aulas porque tenho bronquite. Foi quando uma amiga me mandou um videoclipe de uma banda coreana que era todo com pole dance. Fiquei apaixonado, deu uma loucura, procurei uns vídeos e logo procurei uma escola", Thiago Abdalla, 23 anos, formado em moda, do Rio de Janeiro, em aula com Julio Peixoto (à dir.)
"Eu já tinha um preparo físico legal quando comecei a fazer pole, tinha feito três anos e meio de kung fu, mas travar as pernas no pole e largar as mãos dói muito, parece que sua perna está rasgando. Eu não sofri preconceito nenhum, porque já sou de fazer coisas inesperadas, mas percebo um certo espanto quando digo que faço pole. Ninguém espera que exista aula masculina de pole dance. Eu percebo que o esporte interessa mais aos gays porque é um grupo que quer experimentar mais, mas nos campeonatos há muitos héteros", Thiago Abdalla, 23 anos, formado em moda, do Rio de Janeiro, em aula com Julio Peixoto (à esq.)
"Eu sempre pensei que essa fosse uma modalidade feminina. No ano passado, quando trabalhei como cabeleireiro em um cruzeiro que passava pela Europa, vi a divulgação de um bar onde homens faziam apresentação de pole e achei interessante. Voltando para o Brasil, comecei a pesquisar e decidi começar a treinar. Eu sempre pratiquei atividade física, mas tive muita dificuldade com o pole no começo. Achei um desafio, ainda mais na minha idade, com 33 anos", Fernando Pereira, 33 anos, cabeleireiro e estudante de educação física, 33 anos, de Cotia (Grande São Paulo)
"Faço pole há oito meses e com três já notei muita diferença no meu físico. Achava que eu não teria flexibilidade e que iria desistir. No começo, você acha que não vai completar o movimento, mas consegue, e isso me motivou a continuar. O pole praticado por homens ainda sofre bastante preconceito, muitas pessoas acham que é dança de stripper ou que é para a mulher treinar e fazer para o marido, mas acho que isso está mudando. Hoje, penso em treinar para o próximo campeonato e, mais para frente, depois que eu me formar, ir para fora do país para dançar e competir", Fernando Pereira, 33 anos, cabeleireiro e estudante de educação física, 33 anos, de Cotia (Grande São Paulo)
"Nas férias janeiro de 2011, fui à casa de uma amiga em São Paulo que praticava pole dance e tinha uma barra em casa. Ela dançou para mim e eu comecei a fazer palhaçada e brincar também. Ela achou que eu estava fazendo uns movimentos legais e eu acabei gostando. Dois meses depois, voltei para a minha cidade, Presidente Prudente, descobri um estúdio e comecei a treinar por lá. Com dois meses de treino participei do Campeonato Paulista e fiquei em terceiro lugar", Jon Meneghel, 28 anos, estudante de educação física, de Presidente Prudente (interior de São Paulo)
"Neste ano de 2013, quis muito participar do Campeonato Brasileiro e decidi largar tudo para ir atrás disso. Deixei casa, família e pedi demissão do meu emprego para ficar de maio até setembro em São Paulo treinando. Minha mãe achou que eu estava fazendo uma loucura, mas apoiou. Ela morre de orgulho quando vê matérias minhas fazendo pole no jornal da cidade. Ela é a primeira a comprá-los e anda com recortes por aí para mostrar para os outros", Jon Meneghel, 28 anos, estudante de educação física, de Presidente Prudente (interior de São Paulo)
"Sou professor de dança de salão e zumba e trabalho com capoeira, jiu-jitsu e fisiculturismo, além de fazer musculação desde os 16 anos. Sempre fui ligado a esportes e procuro conhecer coisas novas. Gosto de quebrar paradigmas. Em março do ano passado, vi vídeos de pole masculino e resolvi tentar. Se eu quero fazer uma coisa, eu faço. Se é algo de mulher, eu adapto para mim, não tenho esse preconceito. Eu já fiz até balé, então pole dance não é nada. Minha professora se assustou com meu tipo físico típico de fisiculturista. Os homens que fazem pole dance são mais magros. Demorou um tempo para as pessoas se acostumarem, eu era o único homem que fazia aulas lá. Depois de um mês, fiz o treinamento para o Campeonato Paulista e consegui o segundo lugar em 2012", Ulisses Fenix, 29 anos, atleta e professor de pole dance
"Existe aquele preconceito quando digo que faço pole, mas acho que é porque as pessoas têm uma informação reduzida do que realmente é o esporte. É um preconceito bobo, no fisiculturismo também rola isso, os amigos falam da tanga que temos que usar. Mas acho que isso está se perdendo. Comecei a dar aula neste ano de 2013 e tenho duas turmas, ambas com três homens e cinco meninas. O que eu mais gosto no pole é esse desafio. Meu tipo físico não é para pole, quando participo de um campeonato as pessoas me acham muito grande, muito pesado, acham que eu não vou subir na barra ou vou parecer um ogro. Quando faço movimentos leves, as pessoas se chocam, elas não esperam isso", Ulisses Fenix, 29 anos, atleta, professor de pole dance, vice-campeão do Campeonato Paulista de 2012 e quarto lugar do Campeonato Brasileiro de 2013
"Sou artista circense e conheci o pole dance quando pediram para que eu fizesse uma apresentação que precisaria de elementos do pole. Precisava de tudo pronto em dez dias, fiz umas aulas e até que deu certo. Fui o primeiro aluno homem da minha escola e trouxe alguns alunos meus de outras atividades para fazer pole comigo. Mesmo já sendo artista de circo, tive uma dificuldade muito grande para fazer os movimentos na barra. É preciso se concentrar muito. Hoje dou aula de pole e temos turmas separadas para homens aos sábados, mas eles acabam se mesclando na aula das meninas", Luiz Lobassi, 28 anos, fisioterapeuta, artista circense e professor de pole dance
"Um dos maiores preconceitos com o pole é por conta dos trajes que temos que usar para conseguirmos a aderência do corpo na barra. O pole é um esporte que eleva muito a autoestima e a confiança, porque a pessoa percebe que é capaz de fazer algo complicado. Também é uma aula que trabalha muito mais a região abdominal, você vê o corpo mudar muito rapidamente. Acredito que, em alguns anos, o pole vai ser uma das atividades físicas mais conceituadas, pelo beneficio corporal que proporciona", Luiz Lobassi, 28 anos, fisioterapeuta, artista circense e professor de pole dance
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