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sábado, 21 de março de 2015
BBB15 - Fernando com o Pau Duro e Barraca Armada
Thiago Martins só de Sunga exibindo Volumão em Babilônia
Babilônia - Beijo Gay - Ditadura Militarr dos Evangélicos - Oportunismo do SBT
O boicote promovido pela Frente Parlamentar em Defesa da Família Brasileira contra a novela "Babilônia" é coercitiva e lembra a relação dos militares com as novelas durante a ditadura.
A avaliação foi feita pela professora Cristina Costa, diretora do Observatório de Comunicação, Liberdade de Expressão e Censura da USP (Obcom). Segundo ela, não se pode dizer que se trata de censura, porque os deputados e senadores que lideram a campanha não usaram seu poder para tirar o folhetim do ar ou mesmo para mudá-lo de horário. No entanto, ela enxerga a ação de maneira "preocupante".
"Isto é coerção. E na essência é o mesmo que os militares faziam na ditadura. Eles tentam impedir previamente que a população veja um conteúdo artístico, obstruindo assim o debate e a consciêncientização sobre temas que ocorrem na sociedade. Eles obviamente não têm os mesmo meios que a ditadura, mas certamente se utilizam dos mesmos critérios", disse.
Além disso, a diretora do Obcom, que possui um acervo de mais de 6.000 peças de teatro censuradas entre 1926 a 1970, aponta outras semelhanças entre o boicote e a censura do período militar: "Os critérios são os mesmos: Impedir a veiculação de conteúdos que não atendam a uma falsa moralidade, ou a uma moralidade religiosa, e uma ideia equivocada sobre o papel da arte."
Para ela, a arte é um espaço para discussões, mesmo que contundentes, sobre a realidade. "A arte não deve estar a serviço de crenças, mas a serviço da crítica, propondo discussões de temas que são tratados no mundo. Isso tudo faz parte de um retrocesso político ideológico muito forte na sociedade brasileira de hoje."
Leia mais aqui.
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A avaliação foi feita pela professora Cristina Costa, diretora do Observatório de Comunicação, Liberdade de Expressão e Censura da USP (Obcom). Segundo ela, não se pode dizer que se trata de censura, porque os deputados e senadores que lideram a campanha não usaram seu poder para tirar o folhetim do ar ou mesmo para mudá-lo de horário. No entanto, ela enxerga a ação de maneira "preocupante".
"Isto é coerção. E na essência é o mesmo que os militares faziam na ditadura. Eles tentam impedir previamente que a população veja um conteúdo artístico, obstruindo assim o debate e a consciêncientização sobre temas que ocorrem na sociedade. Eles obviamente não têm os mesmo meios que a ditadura, mas certamente se utilizam dos mesmos critérios", disse.
Além disso, a diretora do Obcom, que possui um acervo de mais de 6.000 peças de teatro censuradas entre 1926 a 1970, aponta outras semelhanças entre o boicote e a censura do período militar: "Os critérios são os mesmos: Impedir a veiculação de conteúdos que não atendam a uma falsa moralidade, ou a uma moralidade religiosa, e uma ideia equivocada sobre o papel da arte."
Para ela, a arte é um espaço para discussões, mesmo que contundentes, sobre a realidade. "A arte não deve estar a serviço de crenças, mas a serviço da crítica, propondo discussões de temas que são tratados no mundo. Isso tudo faz parte de um retrocesso político ideológico muito forte na sociedade brasileira de hoje."
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