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sexta-feira, 1 de abril de 2011
Fazendo a Clarice - Ele tá me perseguindo!
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Oi Clarice,
Sou um adolescente que desde que me conheço por gente, eu sou gay. Há nove anos, me mudei para uma cidade totalmente diferente. E vivia normalmente. Mas há exatamente três anos, eu conheci um menino na escola que me chamou muito a atenção. Passou um tempo e ficamos "amigos". Eu gostei dele e sabia que ele era hétero. Mas eu tive a necessidade de dizer a ele que eu sou gay e que estava afim dele. Ele disse que não era gay e que nunca ia acontecer nada entre nós. Fiquei triste mas virei a página. Um ano depois, me assumi, arrumei um namorado e estamos juntos até hoje. E esse menino que passou começou a me tratar com preconceito e desprezo, em outras palavras, homofobicamente. Disse que eu tinha que mudar de "fruta" e para arranjar uma menina pra transar com ela. E isso esté perduranto até hoje. Meu namorado vem me buscar na escola com medo de que ele faça alguma maldade, e me disse para avisar se ele fizer, que meu namorado, que é bem maior, disse que bateria nele. E essa situação está muito desconfortável porque eu fico quieto. Queria mostrar a esse menino preconceituoso que não tenho medo dele nem do que ele pode fazer. Mas muitas vezes fui barrado por amigos que dizem que é cruel por ele ter auto-estima baixa.
O que devo fazer para me libertar? Isto é, parece que ele sem mim não tem a quem destruir para se sentir superior.
Por favor, escreve um conselho, qualquer coisa.
Beijos,
A. B.
Pois bem, você tem duas opções: vai atacar ou ignorar ele?
Pelo que vi acho que o seu perfil é mais de ignorar, você não é muito de atacar.
Mas se resolver atacar, tem uma boa maneira: conheço um gay assumido que o machão vivia falando para os outros sobre o gay, o que foi que o gay fez? Encontrou por acaso com o machão no meio de outras pessoas e disse: "Vem cá, fiquei sabendo que você fica falando para os outros do que eu faço! Você se lembra da gente no carnaval aquela vez?". Pronto! rss... O machão ficou envergonhado, e com medo do gay fazer barraco, deu tchau pro amigo e saiu de fininho...
Essas são as opções, agora cabe você decidir.
Falando nisso, aconteceu....
Adolescente agredido em escola de AL revela ter sido vítima de homofobia
O adolescente agredido por um colega de classe e cujo ato violento foi gravado e postado na Internet, afirmou em entrevista à TV Pajuçara, nesta terça-feira (29), que foi vítima de homofobia. De acordo com ele, que estuda na Escola Estadual Gentil de Albuquerque Malta, em Mata Grande, o autor da agressão teria ficado furioso, depois que colegas propagaram que ambos manteriam uma relação homoafetiva.
Assustado e afirmando estar cansado de lutar contra o preconceito, o adolescente de 14 anos diz que tem medo de sofrer novas agressões. “Saíram comentando que eu tinha saído com ele [o agressor]. Ele se sentiu humilhado e me agrediu. Por isso, estou com medo”, relatou, sem ter a sua imagem e identidade reveladas.
Antes de sofrer a agressão, a vítima afirmou que teria procurado o diretor da unidade escolar, José Timóteo, solicitando mudar de turno, já que as agressões verbais teriam se iniciado na sala de aula. “Antes disso [da agressão] acontecer procurei o diretor e pedi para mudar de turno, mas ele disse que só no próximo semestre", contou.
Procurado, o diretor justificou sua negativa ao aluno, afirmando que a mudança de turno esvaziaria a turma e a tornaria inviável. Questionado sobre o fato de ninguém ter impedido a agressão, José Timóteo alegou que o incidente não teria ocorrido na presença de funcionários da escola.
“Mas os alunos foram suspensos, depois que a agressão foi divulgada na Internet e chegou ao conhecimento do Conselho Tutelar, que nos procurou para adotar as medidas cabíveis”, disse ele.
Segundo a conselheira tutelar do município, Roberta Alencar, a direção da escola teria sido negligente. “Primeiro porque não atendeu ao pedido da vítima, para mudar de turno, além de não ter interrompido a agressão, que foi gravada e parou na Internet”, frisou.
Para coibir novos atos de violência, policiais realizaram uma vistoria no interior da Escola Estadual Gentil de Albuquerque Malta. Eles apreenderam estiletes e objetos perfuro-cortantes, segundo o diretor da unidade de ensino.
A mãe do adolescente agredido, Damiana da Graça, não prestou denúncia contra o agressor do filho. “Quero apenas que tomem alguma providência para que isso não volte a acontecer. Fiquei muito desesperada quando soube da agressão”, disse.
E os leitores tem conselho?
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Mulheres publicam fotos dos seus namorados que são gays, mas elas não sabiam!
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Ministro Carlos Ayres Britto conclui processo sobre união civil entre homossexuais. Matéria deve ir a plenário em 15 dias
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No dia 28 de março, segunda-feira, o Ministro do Supremo Tribunal Federal Carlos Ayres Britto conclui a ação ADPF no. 132, com sete volumes de texto. O ADPF no. 132 é a sigla do processo movido pelo governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral que se aprovado permitirá a união civil entre homossexuais no Brasil. Agora o texto do relator Ayres Britto irá para a mesa do presidente da Casa, ministro Cezar Peluzo, que deve marcar a votação em plenário em duas semanas. O relatório do Ministro Carlos Ayres Britto sobre o 132 ainda não está disponível no site do Supremo.
Na últimas duas semanas, a CNBB e outras 16 entidades entraram com uma petição chamada de “AMICUS CURIAE” (amigo da corte) _um instituto que permite que terceiros passem a integrar a discução de teses jurídicas que vão afetar a sociedade como um todo, incluindo-se, dessa forma, quando admitidos, os limites do tema, no caso, a união civil gay. Mas não há resposta do Supremo para esse pedido ainda. Se o Supremo acatar o pedido, a CNBB e das outras 15 entidades aliadas, elas poderão discutir em plenário do Supremo suas posições a respeito da União civil Homossexual.
Por outro lado, a ABGLT já se reuniu com Carlos Ayres Britto, além da Senadora Marta Suplicy e da Ministra dos Direitos Humanos Maria do Rosário, que formam as lideranças favoráveis à aprovação do projeto ao lado da Advocacia Geral da União e da Procuradoria do Estado do Rio de Janeiro, todos muito empenhados.
O trecho do relatório do ministro Carlos Ayres Britto que o Mix já teve acesso afirma que a “discriminação gera ódio e que esse sentimento materializa-se em violência física e psicológica”. O relatório do ministro é bastante favorável ao pedido do governador Sergio Cabral.
Os Prós
Integrantes da Procuradoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro estão em Brasília e marcam conversas com os ministros e distribuem memorandos com detalhes da ação. Luiz Fux já foi visitado pela procuradora Rosa Filomena Schmitt de Oliveira e Silva, enquanto Marta Suplicy e Maria do Rosário estão agendadas com todos eles para discutirem o tema. Ministros como Luiz Fux, Ellen Grace e Dias Toffoli já se manifestaram publicamente a favor ao caso. Mas o que vale mesmo será a votação em Plenário, que aguarda agenda. Dos 11 ministros do Supremo, avalia-se que nove votarão a favor da união civil entre homossexuais. A "avaliação" é baseada em declarações a respeito da pauta dada pelos atuais ministros, ou decisões deles sobre esse tema enquanto eram ministros ou juízes de instância inferiores ao Supremo.
Os Contras
No site do Supremo, onde é possível acompanhar os detalhes da Ação, há o pedido da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e outras 16 entidades manifestando-se contrárias ao pedido de reconhecimento de uniões homoafetivas. Segundo o advogado João Paulo Amaral Rodrigues, que representa a CNBB no caso, a Constituição Federal define como família a união conjugal entre mulher e homem, dando dessa forma amparo ao casamento. “Assim, acolher os pedidos constantes das ações seria declarar como inconstitucional a própria Constituição Originária, o que obviamente não é cabível`, afirma o advogado da CNBB”.
Segundo a desembargadora aposentada Maria Berenice Dias da Silva, a maior articuladora do tema dos direitos civis de homossexuais no Brasil (ela vai presidir a Comissão da Diversidade Sexual da OAB recém criada), já são 1.026 decisões favoráveis a uniões gays no Brasil, em tribunais de primeira e segunda instância. É muita coisa. E o Supremo tem a grande chance de unificar essas decisões e numa tacada só aproximar homossexuais e heterosseuxais na questão dos direitos civis.
Fonte: Mix
Será que agora vai?
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