sábado, 15 de dezembro de 2012
Lucas Malvacini posa só de sunga roxa em ensaio sensual
Lucas Malvacini fez fotos sensuais para a 63º edição da revista "A CAPA", voltada para o público gay. O modelo, que foi eleito Mister Brasil 2011, tem aproveitado o sucesso junto aos homossexuais para fazer presenças VIPS em boates GLS.
Alvo de polêmicas sobre sua sexualidade no início do ano, ele não vê problema em posar para a publicação. "Acho tão feio preconceito, tão ultrapassado. Vamos respeitar as diferenças, as opiniões e, principalmente, as pessoas", disse ele, que está na capa de Natal.
O amor é uma flor roxa, que nasce no meio da coxa !
Demitido após dizer na TV que fazia curso para drag é 1º a se casar em Santos
Uma cerimônia relizada na noite desta sexta-feira (14) em Santos, no litoral de São Paulo, oficializou os três primeiros casamentos entre homossexuais na cidade. O ato foi promovido pela Comissão da Diversidade Sexual e Direito Homoafetivo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Santos e celebrado na sede da entidade.
Os noivos, quatro homens e duas mulheres, tiveram a ideia do casamento comunitário ao participar de um programa de televisão que debatia a questão do casamento gay. Eles passaram a semana se preparando para a cerimônia e recebendo os parabéns pelo casamento, que reuniu dezenas de pessoas. Para Ailton Cardoso da Silva Júnior, o casamento caiu como um carinho após um tapa.
Em abril deste ano, ele foi demitido de um emprego em que trabalhava há mais de um ano como professor em um curso de logística por ter aparecido em uma entrevista feita pelo Fantástico, da TV Globo, onde aparecia falando sobre um curso de Drag Queen.
"Eu estava chegando na escola para trabalhar. Ele estava na rua e me chamou. Disse que tinha visto a matéria, que não tinha gostado do meu posicionamento e que eu estava manchando a imagem da empresa. Na mesma hora, ele disse que iria me mandar embora. Falei que não era assim, que a gente tinha que conversar. Num outro dia, ele me ligou me ofendendo, me chamando de veadinho. Daí percebi que o assunto era sério. Alguns colegas estranharam a atitude do dono da escola, porque eu sempre fui muito profissional. Ele foi extremamente rude”, lembrou.
Ailton moveu uma ação trabalhista contra o antigo patrão que, segundo ele, irá responder ainda por assédio moral em uma ação do Estado. Foi a partir desse fato que começou a se envolver com assuntos relacionados ao direito dos gays. Quando soube da possibilidade de se casar, Ailton e o noivo resolveram se unir oficialmente. “Todos os meus amigos encararam a situação de forma muito natural, porque era para onde conduzia o nosso relacionamento”, disse.
O casal tem pouco mais de dois anos de namoro. Damiana Pereira Cardoso, mãe de Ailton, que mora em Salvador, na Bahia, assistiu a cerimônia. “A família recebeu a notícia de forma muito tranquila”, explica.
Mesmo com a maioria de apoios, Ailton lembra apenas de um colega que lhe procurou tentando convencê-lo de que a união entre dois homens não é natural. "Ele me disse que o casamento deve ser entre homem e mulher, e eu ouvi numa boa, mas só."
Ana Maria Cartura é amiga de José Lucimar, noivo de Ailton, há 20 anos. Ana foi convidada pelo casal para ser a madrinha no casamento. “Quando ele nos convidou foi uma surpresa. São pessoas maravilhosas, que eu pretendo ter em minha vida para sempre”, conta.
A cerimônia só aconteceu porque o juiz corregedor Frederico dos Santos Messias assinou no mês de agosto uma portaria que determina que os cartórios da cidade oficializem o casamento de pessoas do mesmo sexo. "O casamento entre homossexuais é algo que já é possível, mas que era muito constrangedor para os noivos, e nem sempre o Ministério Público aprovava.
Cada cidade pode baixar sua portaria, mas vejo que o casamento é uma tendência e logo haverá algum movimento para torna-lo permitido no Brasil", disse o juiz, que ressaltou que a norma serve para quem comprovar residência na cidade. O Supremo Tribunal Federal (STF) já considera constitucional a extensão dos direitos da união estável aos casais homossexuais.
Desde então, alguns casos já registrados no Brasil permitiram que o casamento fosse possível a partir da união estável, que servia como começo de prova em um processo para casamento. “Antes as pessoas interessadas em casar tinham que ir até o cartório, pediam o casamento, o pedido ia para o corregedor e era negado. Com a autorização, hoje só é necessário ir até o cartório e aguardar a documentação”, explicou a advogada Rosangela Novaes, membro da Comissão da Diversidade Sexual e Direito Homoafetivo da OAB-Santos.
O grupo começou com mais pessoas interessadas em participar do casamento coletivo, mas só sobraram três. “Hoje algumas pessoas tem vindo nos procurar, querendo saber se dá tempo para participar do casamento, mas não dá porque tem um período de espera para os documentos ficarem prontos”, contou ela, que incentiva que novos casais se casem.
“A gente sempre buscou conquistar o direito, hoje nós temos que efetivar esse direito casando, porque é direito de todos.” Evandro Costa Pereira, substituto do primeiro cartório de Santos, disse que desde que a portaria entrou em vigor, em outubro deste ano, algumas pessoas tem os procurado perguntando como fazer para casar.
“As pessoas estão se mostrando interessadas, mas acredito que com o tempo os casamentos comecem a acontecer”, disse. O casamento na sede da OAB de Santos ainda contou com uma festa para os noivos, com direito à decoração, bolo, doces, bebidas e fotografia, cedidas por patrocinadores que apoiaram a causa. A instituição ainda aproveitou a ocasião para para lançar a cartilha "A Diversidade Sexual, a Homofobia e suas Consequências".
Fonte: G1
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