terça-feira, 28 de agosto de 2012

Bolsonaro adultera vídeo sobre diversidade e pode responder por crime cibernético


O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) pode terminar o ano novamente com uma ação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, mas, desta vez, mais do que isso, ele pode também, ser investigado pela delegacia de crimes cibernéticos da Polícia Federal. Isso porque ele adulterou um vídeo sobre diversidade sexual, fazendo uma edição onde os participantes dizem o contrário do que realmente afirmaram.

Em 15 de maio, psicólogos, pesquisadores e parlamentares reuniram-se em um seminário na Câmara dos Deputados para discutir o combate à homofobia, intitulado “Respeito e diversidade se aprende na infância”. Das imagens gravadas nesta ocasião, Bolsonaro montou seu próprio vídeo (veja abaixo) com as declarações dos participantes servindo para o que o parlamentar diz ser uma defesa em prol da legalização da pedofilia e da homossexualidade.

“Esse vídeo do Bolsonaro é uma infração que viola os meus direitos autorais, porque as minhas teses não são aquelas. É uma interpretação com base no meu posicionamento público. Mas eu nunca autorizei aquele vídeo tal como editado. Eu não me reconheço naquelas teses que estão sendo replicadas em blogs na internet”, se defendeu a psicóloga Tatiana Lionço, que foi convidada para falar no evento sobre sexualidade na infância.

Tatiana abordou o tema de forma didática, mas o vídeo publicado utiliza uma frase do início da fala dela, uma outra, no meio da explanação e uma declaração do final da palestra, dando a entender que a psicóloga defende a pedofilia e estimula a homossexualidade entre crianças. “Dessa forma, ele descontextualiza tudo. E o que é mais grave é que agora estão replicando o vídeo na internet como se eu tivesse defendido uma tese que eu jamais defenderia”, protestou.




Tatiana já entrou em contato com a Polícia Federal pelo canal de denúncia contra crimes cibernéticos, e também relatou o fato à Procuradoria da República no Distrito Federal. Ela irá processar o deputado, por meio de uma ação judicial junto à Defensoria Pública, pelo crime de uso indevido da imagem e por violação de direitos autorais.

Ela acionou também a ouvidoria da Câmara, que respondeu ter solicitado à TV Câmara um posicionamento sobre o ocorrido e que, caso seja comprovada a edição de má-fé, seria oficializada a denúncia junto à Corregedoria da Casa. Caso o órgão aceite a denúncia e as provas, o caso pode ser levado ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara.

Fonte: MixBrasil

4 comentários:

  1. Bah! Enjaulem logo esse cara! Tá demorando demais.

    ResponderExcluir
  2. A minha resposta à ele: http://www.youtube.com/watch?v=AHSjkM414rY
    Nada mais.

    ResponderExcluir
  3. Esse homem é um doente, ele só pensa em homossexualidade

    ResponderExcluir
  4. Ele é assim e muitas pessoas são assim por causa da bíblia. "Blá-blá-blá homem com homem é um ato terrível". Me poupe.

    ResponderExcluir