domingo, 26 de junho de 2011

Homossexuais criticam tom "carnavalesco" da Parada Gay


A Parada do Orgulho LGBT de São Paulo convive, desde sua primeira edição, em 1997, com clima festivo e político. Será que uma forma de manifestação atrapalha a outra? Homossexuais comentam suas ressalvas em relação ao maior evento do gênero do País e um dos principais do mundo

7 comentários:

  1. Eu sinceramente acho exagerado a parada Gay, sou homossexual, convivo bem com minham opção e tenho inclusive amigos que já foram na parada. Mas eu nunca fui apesar de sempre ter sido chamado por eles e nem pretendo ir. Eu admiro eles terem a atitude e a coragem de sair em público para defender a causa, isso acho muito bom. Mas acho que não há necessidade de ter aqueles homens (apesar de maravilhosos) semi-nus e de sunga desfilando, fazendo dança sensual e rebolando em desfiles. Acho meio vulgar e não é necessário quando se trata de defender direitos e lutar contra preconceito. Sem falar que é isso que todo mundo critica nas paradas e acha meio baixo. Eu como homossexual tbm sou contra nesse sentido, sem falar aquela agarração e pegação que rola. Isso desmoraliza, aí depois todo mundo fica falando "Os gays adoram sair se agarrando nas ruas", o que não é verdade. Mas por essa todo mundo leva fama. Minha opinião é essa.

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  2. O caráter carnavalesco dessa parada fez com que a luta pelos direitos fosse esquecida. Imagine se tivéssemos cinco milhões de pessoas protestando por direitos em plena avenida paulista?

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  3. Sem o tom "carnavalesco" e a pegação, não teriam nem 1 milhão nas ruas... infelizmente.

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  4. Tenho amigos militantes gays e que estão não apenas participando de parada gay como organizando eventos gays pelo Brasil. Minha visão da parada gay, como ela é apresentada hoje, é de PURA VERGONHA. Dia de parada gay para mim é o dia da VERGONHA GAY, eu tenho vergonha de assistir a jornais depois de parada. A parada gay se transformou em um carnaval fora de época onde a MAIORIA está lá apenas para arrumar homem, para beber e para chocar a sociedade nas ruas. Eu que vivo no meio gay desde o inicio da minha adolescência me choco com o que meus amigos falam da parada, imagina um pai de família, um relogioso. Não será chocando a sociedade ou perdendo a moral que vamos conquistar direitos.
    A visão ideal de parada gay para mim é: Todos marchando de preto, carros de som com palavras de ordem, travestis, drags, todas bem vestidas de forma discreta, de preto, protestando, clamando por direito. A bandeira gay iria surgir em bandeiras e bótons . Não precisamos de música, nem de álcool nem de drogas recreativas em um dia que deve ser de um ato sério.

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  5. Gostaria de saber se ao inves de homens, tivessemos mulheres semi-nuas nas paradas gays se alguem iria protestar.DU-Vi-DO.

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  6. Quem escreveu este comentário não poderia ter dito melhor, sou totalmente de acordo com cada palavra.

    "Eu que vivo no meio gay desde o inicio da minha adolescência me choco com o que meus amigos falam da parada, imagina um pai de família, um relogioso. Não será chocando a sociedade ou perdendo a moral que vamos conquistar direitos.
    A visão ideal de parada gay para mim é: Todos marchando de preto, carros de som com palavras de ordem, travestis, drags, todas bem vestidas de forma discreta, de preto, protestando, clamando por direito...."

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  7. Carnavalesca ou não, a Parada já há muito tempo não é mais verdadeiramente combativa.

    Digo combativa no sentido de buscar pelos direitos puramente, sem ter politicagem ou interesses financeiros por trás. E não digo só a Parada de SP, mas como de todo o Brasil (perdão a generalização!).

    Tanto é que militantes considerados de "ultra-esquerda" (como os do PSTU, mas que ironicamente são os que mais fervorosamente lutam pelos direitos LGBTTT/ humanos) são ignorados e muitos vezes EXPULSOS de Paradas.

    Não condeno a Parada, ela é sim um meio de visibilidade, mas infelizmente pára nisso. Já passa da hora de transformar esse puro exibicionismo em luta e ação!

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