terça-feira, 19 de julho de 2011
Globo e SBT orientam autores a "baixar bola" de personagens gays
Durou pouco a chamada "primavera gay" na TV aberta, que culminou no primeiro beijo lésbico numa novela brasileira, em maio, no SBT. Tanto a emissora de SIlvio Santos como a Globo deram nos últimos 60 dias uma guinada nos rumos da dramaturgia, e passaram a dar ordens implícitas ou explícitas a seus autores, para que baixem a bola de cenas gays nas histórias. Oficialmente, a decisão se deve a uma suposta "overdose" do tema.
Um ajudante de novelista da Globo, que pede para não ser identificado, disse em entrevista que recebeu "aviso verbal" do autor para que não perdesse tempo elaborando personagens e cenas gays --sejam entre homens ou mulheres-, pois seriam cortadas.
Cerca de três semanas atrás a Globo interveio em "Insensato Coração", vetando ousada cena gay em motel, entre o casal Hugo e Eduardo (Marcos Damigo e Rodrigo Andrade). Também o autor Aguinaldo Silva foi informado há três meses pela emissora de que deveria evitar polemizar com o assunto (gay) em "Fina Estampa", sua próxima novela, que estreia em agosto. Silva, porém, vai incluir um personagem gay "estiloso" na história, interpretado por Marcelo Serrado. Mas não haverá cenas eróticas com ele.
Questionado sobre isso, Silva usou as mesmas palavras que já usara anos atrás, decepcionado com mais um veto da Globo a uma cena homoafetiva: "Beijo gay, só lá em casa".
Não se trata de um comportamento novo. Desde 2008, a Globo já deixou "escapar" ao menos quatro vezes que exibiria uma cena gay, mas acabou desistindo sempre no último momento. Em abril do ano passado, um episódio de "Os Simpsons" teria sido cortado por conter um beijo gay entrte Homer e o barman Moe.
Já no caso do SBT a ordem é explícita. Depois de exibir o primeiro beijo lésbico numa novela, entre as atrizes Luciana Vendramini e Giselle Tigre, em "Amor & Revolução", a emissora agora mudou de opinião e a ordem é baixar a bola do tema.
Tiago Santiago, o autor, teve ao menos mais duas longas cenas gays cortadas de sua história. A última deveria ter sido exibida no último dia 7, entre os personagens Jeová (Lui Mendes) e Chico (Carlos Artur Thiré). O novelista do SBT disse que acataria a decisão, mesmo tendo prometido o beijo, além de um outro, entre Vendramini e Tigre.
Na Record, a orientação é implícita e parece ecoar os princípios da Igreja Universal do Reino de Deus, que não considera a homossexualidade algo natural e corriqueiro. Nenhuma trama da emissora até hoje deu destaque a casais ou personagens gays.
Fonte: Folha
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Agora caricaturas como o Aureo ( Andre Gonçalves ) de "Morde e assopra" pode. Eta país de MERDA!!!!!!
ResponderExcluirTinha alguma esperança no SBT, já que ele abre um espaço legal para os GLBTT's nos outros programas.
ResponderExcluirMas pelo jeito, o Silvio coloca a audiência ou o "conservadorismo" acima da qualidade da teledramaturgia.
Decepcionante. O jeito é migrar de vez para a TV paga, que é um pouco mais inteligente e evoluída.
E ainda vem uns aí com impáfia alegando que estão sofrendo com a repressora ditadura gay.
ResponderExcluire essa censura continua.
ResponderExcluiragora aquela nudez toda em o astro pode mas os rapazes não deram nem um selinho e ainda querem cortar mais cenas!
que ódio!
Mas vejam bem. Não pensem que isso é de todo culpa da(s) emissora(s). Os engravatados devem sofrer muito com a pressão dos patrocinadores. É um carrossel perverso. Temos o programa que depende do dinheiro do patrocinador, ambos dependem da audiência do público. Se o público é em geral, conservador, patrocinador nenhum vai querer ver seu nome "manchado", vinculado à causa gay e correr o risco de perder a grande massa. Tudo isso gira em volta de dinheiro. Ninguém quer meter o pé no acelerador e arriscar perder muito dinheiro e status diante de uma fortuita polêmica mesmo sabendo que o público gay consome alguma coisa. Para grande parte deles ainda somos minoria pela qual não vale à pena correr tanto risco. Some-se o preconceito a tudo isso e teremos o que já vemos (ou não vemos).
ResponderExcluirTriste notícia. A censura velado voltou a televisão.Em 98 o Silvio de Abreu teve que explodir um casal de lésbicas porque o público achava as cenas das duas pegando na mão uma da outra fortes demais. ¬¬ Depois de alguns anos finalmente as coisas começaram andar de forma civilizada e o público começou a entender que não era nada dou outro mundo uma novela retratar o que acontece no dia a dia. O telespectador começou a evoluir. Mera ilusão. Eis que estamos diante da mesma de 98. Será que o autor de Insensato Coração vai explodir os dois também? Pena que a hipocrisia e o fundamentalismo religioso e a intolerância estejam reinando no Brasil.
ResponderExcluirNossa eu ja não aguento mais ouvir fala que a Globo é a favor dos gays... em tudo q é novela tem sempre um gay mais não mostra nada que realmente a população é. não querem mostrar um beijo gay na Tv sendo q é só abrir a porta de casa q se vê isso, até quando o Brasil vai continua sendo um país de 3º mundo?
ResponderExcluirE oq mais fico admirado é q essas ongs se é q esse o nome não faz nada, simplesmente aceitam q a realidade seja mudada dentro de uma novela. O SBT estava em um caminho bom, não por ter colocado um beijo, mas sim nao estava dando bola para isso e simtratando como normal. AGORA A TV BRASILEIRA ESTÁ SENDO PRECONCEITUOSA e ninguem faz nada. Um outro detalhe que gostaria de comentar, essas novelas é só sexo nao tem um dia que nao tenha esse tipo de cena e agora vêm com essa historinha... garanto q Insensato Coração não vai da nem um fim para o Eduardo e o Hugo vai fica no vacuo.
Tah na hora de alguem por a boca no trambone e fala isso ou se unir para q isso seja mudado.