domingo, 4 de março de 2012

Especialista responde dúvidas sobre HPV, sexo hard e fístula anal

11- Tive HPV dentro do reto, o que me tornou inseguro em fazer o passivo pela possibilidade de transmissão ao meu parceiro, como devo me conduzir?

É importante que os pacientes entendam que o HPV é uma doença crônica, sem cura e que por isso o acompanhamento através de endoscopia do canal anal e reto tem importância fundamental na detecção da recidiva ou retorno da doença. Se você tem este acompanhamento que não constatou as lesões e os exames são negativos, estará liberado para a realização do passivo com camisinha para as relações sem compromisso. Se a relação decolar ou nos casos de relacionamentos fixos, seja honesto com o seu parceiro revelando a afecção diagnosticada. Este diálogo na maioria dos casos é delicado, exige muita compreensão e foco na felicidade do casal. Não poderá ocorrer a desconfiança, mas sim a vontade de ajudar o parceiro na solução ou tratamento da virose.



12 – A região anal pode ser considerada erógena?

Se pode dizer que o erotismo sexual anal representa uma realidade da vida moderna se constituindo na parte principal da relação homossexual masculina e secundária na relação heterossexual. Todos os médicos deveriam estar conscientes do erotismo sexual anal e se por razões de opinião pessoal não gostam de lidar com esta situação encaminhe o paciente para outro médico. A região anal, a pele perianal e a área prostática são ricamente vascularizadas e inervadas de modo que quando manipuladas de forma delicada poderão representar uma importante área de excitabilidade para o ativo e passivo.




13- Quais as consequências do sexo anal forte consentido?

Poderá ter as seguintes consequências:
Úlcera ou fissura anal: representa uma das consequências mais frequentes deste tipo de relação, sendo caracterizada pelas lacerações na forma de úlceras ou fissuras radiadas que atingem geralmente a pele e mesmo a mucosa do canal anal. O sexo mais forte poderá ser prazeroso e não doloroso desde que as regras de uma boa lubrificação anal e peniana e o massageamento dos músculos esfincterianos seja feito de forma adequada. Esses ferimentos costumam cicatrizar com o uso de pomadas cicatrizantes adequadas. Tenho atendido pacientes que esperaram a cicatrização espontânea destas lesões, conduta que eu não sou partidário pelo risco de infecção local e pela possibilidade que eu tenho de orientar estes pacientes inclusive com livro educativo. As úlceras decorrentes deste traumatismo apresentam características macroscópicas que um médico experiente poderá pelo toque falar da benignidade e se houver alguma dúvida recomendo a biópsia imediatamente. Deverão ser feitos os testes para a gonorreia e a sífilis, que poderão causar essas úlceras.



14- Tive um abscesso anal que foi drenado e agora estou com uma fístula que está me impedindo de realizar o sexo anal passivo, tem uma forma de tratamento não cirúrgica?

As fístulas anais são constituídas por dois orifícios e um trajeto. O primeiro orifício está dentro do reto e da origem, pelas fezes, a um abscesso que drena em um segundo orifício, localizado geralmente na pele perianal. Essas fístulas poderão fechar espontaneamente, porém algumas permanecem abertas e são extremamente dolorosas, impedindo alguns pacientes de realizarem o sexo anal passivo. As fístulas abertas deverão ser retiradas pela cirurgia. Tenho retirado a fístula com o laser sob anestesia local. É uma cirurgia para ser realizada por médico especialista para que a retirada da fístula seja total e não parcial e o risco de incontinência decorrente desta cirurgia seja afastado. A maioria dos pacientes com fístula por mim operados puderam realizar o passivo em média de um a dois meses após a cirurgia.



15- Doutor, faço uma boa higiene da região perianal, me apareceram várias pequenas bolhas ou pápulas avermelhadas que estou tratando com pomadas sem resultado, o que seria ?

Essas bolhas são diagnosticadas em medicina como Molusco contagioso e fazem parte das doenças eventualmente transmitidas pelo contágio sexual e que poderão estar presentes sobre a pele de qualquer parte do corpo em crianças, adultos e indivíduos imunocomprometidos como os pacientes com HIV. A transmissão sexual é a via mais importante de contágio da doença comprovada pela maior concentração das bolhas nas regiões genitais. O tratamento é cirúrgico e eu tenho realizado com o laser. O paciente deverá no final de 4 a 6 semanas ser reavaliado. Na maioria dos casos que eu oporei com o laser sob anestesia local as bolinhas estavam situadas na bolsa escrotal.

Fonte: Uol

2 comentários:

  1. Ai que delícia esse homem de cueca na foto, tem vídeo?

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  2. Que médico é esse falando besteira?
    Como ele faz diagnóstico de Molusco Contagioso por uma descrição tão simplória? E quem trata Molusco com LASER??
    Por favor, vamos procurar uma fonte mais confiável... Esse cara tá querendo fazer propaganda só, e não é nada educativo. Em vez de falar dos riscos reais da cirurgia para correção de fístulas, fala "meus pacientes dão a bunda 2 meses depois... olha como eu sou foda na cirurgia."
    Critério, BMB, critério!

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