Inúmeras paradas gays ainda estão para acontecer este ano no mundo e, principalmente , no Brasil. Recentemente tive a experiência de ir à Gay Pride de Londres. Nunca tinha ido em nenhuma manifestação à favor dos direitos LGBT fora do formato brasileiro, isto é, com trios e forte participação popular dentro da parada. Na capital inglesa é totalmente diferente, se você não está registrado em um determinado grupo, você não desfila e é muito mais uma parada mesmo no sentido de vermos associações desfilarem quase em marcha.
Se a interatividade com o público é feita com uma grade separando-os dos manifestantes – o que não impede muitos aplausos e gritos -, a politização é livre e feita em alto grau.
O tema era sobre o casamento igualitário que está tramitando no Parlamento britânico com altíssimas possibilidades de aprovação e empenho do primeiro ministro conservador David Cameron. Uma noiva nervossísima abriu a parada com discursos enfáticos e positivos sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Como disse a politização é forte. Sim, teve gente com cartaz pedindo a libertação da banda russa Pussy Riot, que tem ainda duas integrantes presas por desafiar a política moralista de Putin.
Este, aliás, teve sua face em diversos panfletos com textos nada agradáveis sobre sua pessoa e as leis homofóbicas que reinam hoje na Rússia. Até o militar americano preso por ajudar o Wikileaks, Bradley Manning, recebeu menção de um grupo de gays com cartazes dando apoio ao soldado.
E também a politização é livre, ela não está ligada apenas à esquerda. Grupo de gays Tory – nome dado aos ultra-conservadores – esteve presente formado por pessoas muito jovens. Em compensação, o grupo dos democratas liberais distribuíam colantes para o público com os dizeres “I’ve never kissed a Tory” (Eu nunca beijei um conservador). Isto é, tem espaço para polos opostos ideológicos e isto me pareceu bem saudável.
Apesar de primeiramente não simpatizar com a compartimentalização da “gay pride” inglesa, com grupos como as lésbicas com filhos ou as trans filipinas, percebi que mais do que separá-los em guetos, a parada mostrava didaticamente para nós que assistíamos o óbvio, os gays estão em todas as partes e são o mais diversos.
Em tempo de uma vontade de politizar mais as paradas brasileiras que são consideradas por muitos depreciadores como micaretas fora de época, ter um pouco desta politização mais efetiva e incentivada pelos organizadores de forma massiva e ainda com a participação popular pode ser uma grande ideia, uma ideia que está no cerne da chamada brasilidade: miscigenar!
Não me surpreende que ninguém tenha comentado essa postagem...
ResponderExcluirCriticam as paradas gays do Brasil dizendo, dentre outras coisas, que so vao afeminados e travestis, porem se esquecem de que os gays masculinos sequer quereem assumir que sao gays, alem disso boa parte deles tem namorada ou sao casados com mulher.Pelo menos esses afeminados e travestis que participam das paradas nao tem nada a esconder de ninguem
ResponderExcluirNão é só a do Brasil que é tipo micareta.As de Berlin e Telaviv também são assim.Talvez o ideal mesmo seria que paradas simplesmente não fossem necessárias em lugar nenhum do mundo.
ResponderExcluiro que acho é que as paradas nacionais deveria ter sua energia mais voltada para esse lado politico mesmo, mais séria, mais agressiva, literalmente exigindo a tolerancia.
ResponderExcluirArrasou no texto.Otima iniciativa de mostrar uma outra opção de parada alem do que,nós passivas tupiniquins conhecemos.
ResponderExcluir13 de julho de 2013 16:20
ResponderExcluirRealmente, não tem nada a esconder, até sexo ao ar livre fazem para demonstrar isso. .-.
Anonimo das 22:42 com certeza é casado com rachada KKKKKK Sai desse armario mona!!! É machao mas adorar chupar um pau!
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