terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Não Bagunça and Digníssima Luana Muniz conta os bastidores do encontro com o padre Fábio de Melo: 'Sinceramente não me lembro de ter falado isso'

Depois da sua foto com o padre, uma verdeira bataha virtual começou entre alguns militantes de causas GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros) e membros seguidores do catolicismo. Como você analisa tudo isso?
Luana: A comunidade GLBT está massacrando o padre porque ele me chamou de 'ele', de rapaz. Gente, ele não tem o costume, são os dogmas da igreja e depois ele até se retratou. E segundo ele, a comunidade católica, na verdade algumas pessoas ,também o estão criticando.O padre é luz, ele tem uma missão, ele veio para levar a fé através da música. Então, eu sou admiradora dele e para mim foi um encontro normal.
Nesse intervalo entre a foto com o padre e o dia de hoje, como está a questão do assédio nas ruas?
Em um final de semana tirei 30 fotos com senhoras de paróquias. Muitas pessoas me procuram. Para mim foi algo comum, eu estava no camarote da Alcione, no aniversário dela e as pessoas estavam vendo que eu não era uma qualquer. Observei o padre como observei outras personalidades que estavam ali como aMAria Bethânia e a Fafá de Belém. Foi um acaso, uma coisa de coincidência mesmo a irmã da Alcione ter falado com o padre sobre o meu trabalho social e ele acabou se interessando pelo assunto. Disse para ele que o que uma mão faz a outra não vê e o papo fluiu.
Você se arrepende de ter posado ao lado do Fábio de Melo?
Nas entrevistas dele, ele fala que eu não estava acreditando que ele estava tirando foto comigo. Sinceramente não me lembro de ter falado isso. O meu maior ídolo na música é Barbra Streisend e se eu  encontrasse iria ficar emocionada, mas não iria falar isso para ela. Se eu falei, não me lembro. E olha que eu não bebo, não fumo e não faço nada disso.
O que você guardou da época em que se tornou popular por causa de uma reportagem para o programa 'Profissão Repórter' sobre a prostituição nas ruas?
Já se passaram alguns anos desde o 'travesti não é bagunça' e ainda não esqueceram disso. As pessoas se lembram daquele episódio e sempre falam comigo. Foi uma marca registrada dentro do respeito apesar de eu ter feito errado e batido no homem naquela história quando ele ficou zombando do meu trabalho. Não sou santa não, só não sou mau caráter.
Conta para a gente um pouco sobre o trabalho social que você desenvolve na Lapa, no Centro do Rio.
O trabalho continua o ano todo e não é somente nessas festas de final de ano. Não é um projeto só para cuidar dos portadores de HIV. Tem pessoas desabrigadas nas ruas, mendigos, prostitutas e todo mundo que estiver necessitado. quem não vive para servir não serve para viver e esse é o meu objetivo, a minha missão. No próximo domingo, dia 20, vou fazer o Natal para as crianças carentes da Lapa reunindo todo mundo na porta do meu casarão, que fica na Rua Mém de Sá, número 100, no Centro da cidade. Vamos dar cachorro quente, bolo, refrigerante e brinquedos que a minha madrinha Alcione também ajuda sempre. Fui criada em classe média metida a rica, era bem de vida, mas sei o que é querer comer alguma coisa e não ter.

7 comentários:

  1. Quem sou eu para julgá-la? É a vida dela e o mais importante, está feliz com a escolha que tomou. Enfim...

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  2. Linda A Historia Dela, E Parabens Tbm Ao Padre, Q Pelo Que Eu Vejo, É O Unico Ate Agora A Ter Certa Aceitaçao Sobre Os LGBT!!

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  3. Tá pensando que travesti é bagunça??

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  4. Não consigo enxergar nada além de um ser humano incrível. Parabéns pelo trabalho! E por gostar da Barbra. 😉

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  5. E essa repercussão um tanto negativa, diga-se de passagem é desnecessária...
    Um encontro fortuito entre dois seres humanos...

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  6. prefiro a versão do Padre Fábio hehehe

    PS: parabéns à Luana pelo trabalho filantrópico.

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  7. Pessoa maravilhosa! Não conheço, mas parece, pois dá a cara a tapa e mete o tapa também. Hsyshshshs

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