Um protesto contra as agressões homofóbicas que ocorreram nas últimas semanas em São Paulo foi realizado neste domingo (12), na região da avenida Paulista. Na alameda Campinas, um grupo de cerca de 200 pessoas, segundo informações dos organizadores da manifestação, fizeram um "beijaço" e, em seguida, em marcha, caminharam até a avenida Paulista, no local onde um jovem foi agredido com uma lâmpada fluorescente, no dia 14. Segundo a Polícia Militar, havia menos participantes, perto de 50.
De acordo com Camilo Hernandez, um dos organizadores e integrante do grupo Ato Anti-Homofobia, a manifestação teve como objetivo protestar contra as agressões, o preconceito e pedir a aprovação do Projeto de Lei Complementar que criminaliza a homofobia. A manifestação foi organizada pela internet. Panfletos sobre o ato também foram distribuídos na véspera.
"É triste e preocupante constatar que, apesar da recente comoção social contra os últimos violentos ataques homofóbicos, as agressões continuam em todos os níveis", diz nota distribuída durante a manifestação.
As duas principais metas das ações do grupo, segundo André Bocuzzi, são buscar a aprovação do casamento civil entre gays e a criminalização da homofobia, prevista em um projeto de lei, cujo andamento, conforme afirmou, está parado em uma comissão do Senado.
Quanto ao beijaço, a intenção, de acordo com Bocuzzi, foi banalizar o beijo gay. "As pessoas precisam se acostumar, perceber que é uma coisa normal. A gente não quer uma ditadura gay, nós só queremos proteção. Queremos chamar a atenção para essa onda homofóbica", disse.
Na página do grupo na internet, há cerca de 900 membros. O grupo disse que planeja novas manifestações. No dia 25 de janeiro, quando é comemorado o aniversário da capital paulista, um ato maior, organizado por outros grupos, deverá ocorrer. Os detalhes ainda não foram divulgados.
Fonte: G1
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