segunda-feira, 12 de março de 2012
Deputado e pastor ataca na Câmara, Conselho de Psicologia por barrar cura gay
O deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) ocupou a tribuna da Câmara dos Deputados na última semanas para fazer um pronunciamento no último dia 7 “para denunciar uma ditadura que se instalou no Conselho Federal de Psicologia (CFP)”. O parlamentar se refere à resistência do CFP em autorizar a realização de terapias que “curam” gays de sua homossexualidade.
A questão é alvo principal de projeto de lei de outro deputado, João Campos (PSDB-GO), também evangélico. Marco Feliciano defendeu em seu discurso na Câmara que “não pode o Conselho continuar a tratar os psicólogos como se fossem profissionais incapazes de discernir o que é melhor para o exercício profissional”. Confira o discurso:
"Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, uso desta tribuna para denunciar uma ditadura que se instalou no Conselho Federal de Psicologia. Não é a primeira vez que manifesto sobre esse Conselho, mas agora as declarações do Presidente daquele Conselho, Senhor Humberto Verona, quando critica Projeto de Lei que tramita nesta Casa de Leis, pretende com isso desviar o foco para o Legislativo. Lembro ao Senhor Presidente do Conselho Federal de Psicologia, que as Leis que criaram os Conselhos saíram desta Casa, e, tem como escopo trazer o melhor para a maior quantidade de pessoas, e se, a sociedade que é dinâmica em outro momento sentir necessidade de aprimorar os diplomas legais, a iniciativa tem de partir desta Casa de Leis e a maioria aqui representada vê seus anseios correspondidos.
Declarações desse tipo, como a manifestada, pelo Presidente do Conselho Federal de Psicologia, só afronta as Instituições, com isso desacreditando sua própria Instituição, pois quem exterioriza descontentamento com possíveis Leis que venham a ferir seus interesses, se caracteriza como uma pessoa autoritária. Devo lembrar ao Senhor Humberto que os Conselhos profissionais foram criados para aprimorar as relações profissionais com o povo e não para manipular seus filiados com posições maniqueístas e enfatizando as políticas de cunho ideológico.
A assertiva de que homossexualismo não é doença é polêmica, pois o médico Psiquiatra Dr. Marcelo Caixeta, afirma que quem pode determinar se é doença ou não, não é o Conselho de Psicologia e sim o médico e segundo o Dr. Caxeta, ao definir se a homossexualidade é ou não doença, o Conselho de Psicologia estaria extrapolando suas atribuições. Além disso, afirma o Psiquiatra, o Conselho não pode legislar sobre o que o profissional faz 'como o médico, o psicólogo deveria poder adotar o tratamento que quiser'.
Não pode o Conselho continuar a tratar os psicólogos como se fossem profissionais incapazes de discernir o que é melhor para o exercício profissional. Aconselho esse referido Senhor, a não comprar briga com seus próprios colegas e que se abra o diálogo, para de uma vez por todas resolver esse imbróglio e que voltem esses profissionais ao trabalho, tão importante, para todos que precisam de cuidados, cessando essa demanda que tem ocupado cada vez mais espaço na mídia, mas de forma negativa, pois o que se vê é total falta de sintonia entre os membros de tão honrosa profissão, que é a dos Psicólogos. Muito obrigado!"
Fonte: Uol
Soraya Travecão soube do Projeto da Cura Gay e ficou bastante revoltada...
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Trata-se, é claro, de um imbecil. Porém de um imbecil perigoso. Para aquilatar-lhe a imbecilidade e o perigo basta notar duas coisas: 1) O Conselho Federal de Medecina diz o que médicos podem fazer e proibe-lhes certos procedimentos porque não testados ou atentatórios à ciência, do mesmo modo atua o Conselho Federal de Psicologia em relação aos psicólogos; isto basta para contraditar a bobagem que disse o deputado quanto à suposta e inexistente "independência" dos psicólogos e dos médicos em relação aos seus respectivos órgãos de classe reguladores profissonais; 2)o perigo está na ameaça clara de retaliar modificando a legislação que assegura, isto sim, a "indepedência" científica daqueles mesmos órgãos frente às sandices de fundo religioso. Reajamos tanto em relação à estupidez quanto em relação ao perigo representado por esse deputado e sua proposta.
ResponderExcluirJoaquim Dantas.
joaquim.dantas@uol.com.br
É, AO QUE PARECE A PERSEGUIÇÃO A DETERMINADAS IDEOLOGIAS E OPÇÕES PESSOAIS AINDA VIGORA NO CRISTIANISMO...SERIAMOS NÓS AGORA A EXEMPLO DAS BRUXAS DA IDADE MÉDIA OS PRÓXIMOS ALVOS???
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