domingo, 22 de novembro de 2015

Entrevista Icônica, Bafônica e Lacrativa com Jorge Lafond, a Vera Verão !

A edição número n°8 da revista Casseta & Planeta, de 1993, trouxe uma entrevista pra lá de divertida com Jorge Lafond, a Vera Verão. Carismático, ele falou sobre infância, e carreira na tv e a relação com os fãs. Embora a grafia mais adotada seja Lafond (com apenas um F), vamos manter os dois Fs, como foi publicado originalmente. 


C&P – Você é viado desde viadinho?
LAFFOND – 
Desde que saí da barriga da mamãe já fui segurando no pau do médico: “Oba!” (risos)
C&P – Foi a última vez que viu uma xoxota ou você chegou a ter uma namorada? 
LAFFOND – 
Namorada de barba e bigode!
C&P – Nunca comeu uma mulher?
LAFFOND – (
desmunheca indignada) Que isso! Tá maluca?
C&P – Nem bêbado?
LAFFOND – 
Posso tomar uma boa cachaça, se chegar uma mulher fico lúcida! Quando eu trabalhava de manequim, minhas colegas eram Monique Evans e uma porrada de mulheres assim. Teve um dia que elas trancaram as portas: “agora você não escapa!” (imita as mulheres esfregando-lhe os peitos). “Podem fazer o que quiserem que continuo aqui sentado”. Elas pulavam em cima de mim, e nada.
C&P – Como foi sua primeira vez?
LAFFOND – 
Eu tinha seis anos de idade, porra. (pasmo geral) Ele era sentinela de quartel, e na Penha! Na Penha isso era perigoso! Foi fascinante porque não teve sacanagem, isso não, me ensinou como namorar mesmo. Graças a ele, hoje eu tenho essa minha experiência clínica maravilhosa!
C&P – E quando foi que você colocou em prática esses ensinamentos?Ou seja, quando foi que você deu?
LAFFOND – 
Comigo aconteceu uma realidade estranha. Aos 14 anos caí no babado de ser penetrado por alguém. “Ser penetrado” é mais bonito do que “ser fudido”, não é? Mas só consegui ter um orgasmo aos 18.

C&P – 
Enrabado quatro anos a seco?
LAFFOND – 
Todo mundo ali, “Opa!”, e a bicha aqui parada, sem achar tanta graça. Na inocência. Aos 18 é que fui ter consciência desse babado.
C&P – O orgasmo anal existe ou você goza só de créu?
LAFFOND – 
Comigo aconteceu duas vezes. Mas tem que ser uma foda milionária, né meu amor!
C&P – Alguma mulher já tentou te desencaminhar?
LAFFOND – 
A única que tentou uma safadeza foi aquela monstruosa chamada Enoli Lara. Mas ela não vai conseguir nada comigo! Adoro ela, mas cada um prum lado!
C&P – Qual o tipo de mulher ideal pra você? Aquela que fica longe?
LAFFOND – 
Minha mãe. É a mãe que todo viado gostaria de ter. Vai comigo pra todos os lugares menos pro motel, lógico.
C&P – O sonho dela não era você ser um rapagão forte e machão?
LAFFOND – 
Não, ela é super cabeça.
C&P – E teu pai?
LAFFOND – 
Olha, nunca dei muita confiança pro velho. Ele falava um monte de abobrinha, mas, como não corria atrás dele: “Pai, tô precisando de dinheiro…”
C&P – E seu tipo de homem ideal?
LAFFOND – 
Acredito que o homem ideal pra você… pra você não, pra mim, né meu amor, que já vi que você não é chegado… O ideal pra mim, acima de tudo, é um bom pau. Com o resto, você vai se acostumando.
C&P – Eu não, você!! Mudando de assunto, você só dá, só come ou é na base do troca-troca?
LAFFOND – 
Na verdade, não tem essa coisa de pacto, de combinar o que cada um vai fazer. Você pode encontrar um superbofe, uma coisa maravilhosa, e pensar: “É hoje! Vou sair fudida pela alma!” E não rolar nada disso, você é que tem que comer a alma do rapaz. Às vezes dá até ódio: “Ta bom, quer pica? Então toma!”
C&P – Então você gosta mais de dar?
LAFFOND – 
Não é gostar mais, agora se é um puta dum cara musculoso, gostoso, você quer fazer a festa e ficar passivo. Mas aí na hora, ele deita assim (lânguido e derretido) e ainda te chama de Paizinho! Pode?
C&P – Em matéria de pau. Então, tamanho é documento?
LAFFOND – 
Pra mim, é necessidade!
C&P – Mas você prefere um gigante adormecido ou um pequeno notável?
LAFFOND 
- Comigo não tem essa do pequeno que satisfaz. Um bom gigante adormecido, você amassa, ainda consegue algum resultado… É o chamado pau de bêbado. Se não tiver um bom pau, não adianta ter uma bela cara nem um bom corpo.
C&P – Juntando todas as pirocas que você encarou, dá pra chegar até Recife? 
LAFFOND – 
Que isso, vou além, já tô próximo a Miami! (risos)
C&P – Você não liga de te chamarem de bicha?
LAFFOND – 
Não, mesmo porque nunca tive o lance de passar na rua e o pessoal gritar: “Bicha!”
C&P – O pessoal gritava: “Viado!
LAFFOND – 
Pelo contrário, quando alguém gritava por mim, era meu nome. Agora, nem é meu nome, é “Vera Verão”. Passa na rua um negão de 1,93 metros e o povo grita: “Verinha!”. (fazendo voz fina) “Oi!” Meus personagens na televisão são super-escrachados, mas o povo é super-carinhoso comigo. É fascinante.
C&P – No seu caso, qual o maior preconceito: por ser homossexual, preto ou careca?
LAFFOND – 
Nenhum. Quando comecei a trabalhar em televisão, cheguei com o currículo formado. Viajei com o Brasil Canto e Dança, morei quatro anos nos Estados Unidos e mais cinco na Europa. Então os comentários não eram por eu ser preto, e sim por eu dançar bem. E tipo o Pelé.
C&P – A gente suspeitava que o Pelé fosse preto, mas não sabia que ele também era homossexual e careca. Agora você falou que a discriminação não te doeu. O que dói mesmo no homossexualismo é na hora de sentar?
LAFFOND – 
Nem dói tanto mais, já tô acostumado. Esse babado de doer ou não depende muito de posições. Eu ligo pra Enoli Lara e trocamos muitas informações. Pego lápis e papel e anoto as receitas dela. Claro que dói, mas não é (cara de horror). Se doesse tanto, não tinha tanto adepto.
C&P – Olha pra lente da verdade e diz: o que é o Clodovil pra você?
LAFFOND - (joga os braços para afastar o demo) Não me fale nisso! Isso é uma entidade que veio à terra por quê, eu não sei! Eu não sei!
C&P – Qual a origem dessa bronca? Algum bofe?
LAFFOND – 
Imagina! Ela não é páreo pra mim. (passa as mãos pelo corpo) Negra, bonita, bela, corpo que arrasa, quarentona e tudo no lugar! Eu admirei Clodovil até o dia em que fui fazer “Clodovil Abre o Jogo”. A entrevista foi ironia atrás de ironia. Depois recebi um bilhete do diretor do programa, junto com flores que não acabavam mais: “Jorge Laffond, infelizmente sua entrevista não pôde ir ao ar por problemas técnicos”, Foi a bicha que tentou me arrasar mas comigo não deu! Foi pau a pau! Ela fez aquela linha de quem não é bicha mas eu já sou a bicha mesmo e fudeu tudo!
C&P – (espanto geral) Clodovil é bicha?!
LAFFOND – 
Olha aqui pra ela! (gesto obsceno) Pra abrir a boca do cu dela! Máscara comigo não cola: sou super-original, isso que está com vocês é o mesmo dentro de casa, na televisão, jantando com o Presidente da República…
C&P – Você jantou o ltamar?
LAFFOND – 
Não, na época dos Trapalhões, fizemos um jantar com o Collor em Brasília.
C&P – Você ajudou a enfiar o supositório? (risos)
LAFFOND – 
Não, só fizemos uma corrida.
C&P – Uma proposta indecente: você aceitaria um milhão de dólares pra transar com o Robert Redford?
LAFFOND – 
Olha, criatura… prum eu que já foi dado sem nenhum tostão, um milhão de dólares seria até vantajoso… mas atualmente estou meio apaixonado por uma figura do esporte…
C&P – Luciano do Valle?! (risos)
LAFFOND – 
Não, ele é do futebol, mas não vamos falar nem o time… (C&P insistem). Vamos dizer que é do Rio de Janeiro… (misterioso).
C&P – E esse penteado, você adotou quando?
LAFFOND – 
Na época do trote da faculdade. Gostei da porra segui usando. Eu tinha um black, gente, que era uma maravilha! Era qualquer coisa! Chegava em casa com o cabelo pink e no outro dia saía com ele verde. As cores que Pepeu e Baby usavam no cabelo eram comigo mesmo! Pegava o 336, Clodovil-Praça 15, de cabelo verde!
C&P – Como você fazia pra disfarçar seu cabelo?
LAFFOND – 
O ônibus era verde (risos).
C&P – Aí no dia que o cabelo tava vermelho você pegava o 355, Madureira-Tiradentes? (mais risos) Você não queria ser loura? Nunca quis ser travesti?
LAFFOND – 
Não, sempre fui consciente do que eu queria, e não era ser mulher.
C&P – Mas nem pra agradar teu jogador de futebol, você bota um modelito de mulher?
LAFFOND – 
Não faço essa linha. Nem eles gostam. Querem ver é um homem mesmo ali junto. E isso eu faço bonitinho: (com voz de macho) “Quer ouvir uma voz grossa? Faço a voz grossa, mas vou comer seu eu”.
C&P – Como você faz pra manter o peso? O segredo da sua dieta é trabalhar muito a bunda?
LAFFOND – 
Não, a bunda ta descansando há um mês e meio, acredita nisso?

C&P – Então o jogador tá contundido?
LAFFOND – 
Não, a gente só ta naquela linha assim de telefone, dou uma passadinha pelo local do treino… dois toques, dois beijos escondidos… e tchau!

C&P – Como é que você, com quase dois metros, e sendo famoso, passa desapercebido num estádio de futebol? Vai de noite, no escuro? Ou te confundem com a Xuxa?
LAFFOND – 
Não, eu já muito espertamente matriculei dois sobrinhos pra fazer natação naquele clube! (risos) No mesmo horário do treino!
C&P – Que coincidência! Mas seus sobrinhos têm quantos anos?
LAFFOND – 
Na realidade, sou filho único, mas levo meus primos, que têm na base dos 16, 18 anos.
C&P – 18 anos?! E você precisa.levar?
LAFFOND – 
Não estraga meu argumento!
C&P – Carnaval é coisa de viado?
LAFFOND – 
É coisa do povo brasileiro que o viado chega pra incrementar.
C&P – É verdade que, quando você sai no carnaval, a escolatem que construir um carro alegorico bem alto pro seu pau não arrastar no chão? (risos)LAFFOND – Pelo amor de Deus, também não é tanto assim. Sei que o povo se entusiasma bastante, mas… se quiserem, eu fico nu agora.
C&P – (Apavorados) Não precisa! Não precisa! (tentando desconversar) Qual sua fantasia sexual que ganhou em originalidade e luxo? Dezoito anões besuntados com o Chefe do Corpo de Bombeiros?
LAFFOND – 
Em originalidade foi uma vontade de trepar num cantinho que tem na Outra, à direita de quem vai pra Campos do Jordão. Uma estradinha pequena, onde eu queria Jazer aquela linha em cima do capô do carro. Mas pra fazer isso tive que esperar umas duas horas e meia pro motor esfriar (risos). Mas foi superoriginal: aquela coisa de você trepando…
C&P – Eu não, você!!
LAFFOND – “…
os carros passavam e, de vez em quando, só se via uma cabeça assim, “ui !” (imitando os passantes tentando ver o que rolava), e não dava pra eles voltarem senão batiam! (mais risos)
C&P – Qual o ator famoso por quem você poria a mão no fogo que ele não daria de jeito nenhum?
LAFFOND – 
A mão no fogo? Olha velho, ta ruim, viu? Não tô a fim de ficar com minha mãozinha queimada. Sempre encontro aqueles que dizem: “Olha, nunca fiz isso, só vou fazer por uma curiosidade”.
C&P – É o famoso eu de curioso?
LAFFOND – 
Aí faço (vozinha fina e suave): Ah, tudo bem, isso é tão normal…” Depois ficam (voz grossa): ‘Não, peraí, ta doendo, peraí, não, tira, tira…” Mas doidos pra que fique.
C&P – E depois, ele fica com uma curiosidade que não sacia? (risos) Então você acha que quem não é viado, ainda vai ser?
LAFFOND – 
Não, mas nunca comeu cuzinho na adolescência? Vai me dizer que o pessoal da Casseta nunca?!
C&P – (Todos unânimes) De homem? NUNCA! Nunca!
LAFFOND- 
Então ainda vão comer daqui pra frente (gargalhadas).
C&P – Não, cu cabeludo não é a nossa… Mas o que você acha do Renato Gaúcho?
LAFFOND – 
Acho aquele cara um escândalo! Não tive a oportunidade de conhecê-lo, mas ele faz a cabeça de mulheres, bichas e homens não-assumidos. Supergatinho. Tá na minha lista.
C&P – Já está escalado. Daqui a pouco o Laffond tá levando os sobrinhos de 30 anos pra praticar natação no Flamengo (risos). Uma suposição: você tá tomando banho com Clodovil, Clóvis Bornay, Agnaldo Timóteo e Vitor Fasano. Cai um sabonete no chão. Quem é o primeiro a se abaixar pra pegar?
LAFFOND – 
Acredito quenão seja eu… O Timóteo também não. Mesmo colocando Vitor Fasano, acredito que a Clodovil seria a primeira, mas pro Clóvis Bornay comer ela! (risos)
C&P – Qual o vídeo que você levaria pra uma ilha deserta: “Os Imperdoáveis’ ou “Penetrações Profundas ‘?
LAFFOND – 
Nenhum dos dois, levaria um que eu fiz. Uma fita gostosa. Quando via os filmes de sacanagem, eu pensava: “Porra, aquela bicha toma no eu sem fazer cara feia? Aquelas picas de borracha enormes e ela lá toda maravilhosa, parece que tá enfiando um supositório!” Resolvi fazer metade do que esses filmes mostram pra ver se é assim.
C&P – Como é a platéia dos seus shows?
LAFFOND – 
Viajei muito pelo Brasil com o “Sassarico da Nega”. Perguntava pra bilheteira: e aí, como tá a casa?” “Laffond, a casa hoje tá lotada! Mas só tem viado!” Centros de convenções de quase três mil lugares! Você tira uns 115, o resto é tudo viado! Vocês sabem que na cidade do interior, principalmente do Nordeste, os viados não se assumem completamente, namoram mulheres, essas coisas. Já levei  cantadas absurdas. Eles vêm bonitos, com as namoradas, pedindo autógrafos. Mas antes, ele dá uma desculpa pra namorada (com voz de macho durão): “Tu não vai entrar lá não, isso não é ambiente, eu levo essa porra e pego um autógrafo pra você”. (gargalhadas) A coitada fica’ lá, toda contente porque vai ganhar um autógrafo.
C&P – E como é que eles chegam pra você?
LAFFOND – 
“Laffond, cê dá um autógrafo aí?” E eu faço aquela linha (voz macia): “Claro gatinho ” (risos) “Qual o seu nome?” “Não, não é pra mim, é pra minha namorada”. “Tudo bem”. Fico escrevendo lá. Aí ele fala assim: “Você ta hospedado aqui na cidade mesmo, tem o telefone de lá’?” (risos) Bem, se for interessante, é claro que eu dou… E por aí vai. Bicho, eu como homossexual, como viado, como entendido, ou como a puta-que-pariu, fico de boca aberta com as coisas que eu vejo
C&P – Essa sua interpretação homem é excelente! Melhor que a do Ítalo Rossit Nem o Falabella imita homem assim… Pra terminar: qual sua solução praacabar com a inflação?
LAFFOND – 
Que todo mundo vire viado. O mundo ia ser uma alegria só! Bicha não tem dinheiro, toma cerveja no botequim e já fá alegre.

41 comentários:

  1. Mais de 20 anos q essa entrevista foi feita,porém Vera Verão como sempre maravilhosa.

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  2. Gente é impressão minha ou essa entrevista ta bem preconceituosa, e só foca no fato do cara dar a bunda? Sei não hein

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    1. Laffond soube contorna isso com maestria.

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    2. Querida,
      O Brasil e o Mundo antigamente não era tão politicamente correto e chato como é hoje.
      Antes se permitia muito mais coisas do que hoje.
      Tanto que vários humoristas tinham piadas que seriam consideradas preconceituosas hoje em dia, como os Trapalhões.

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    3. a entrevista é de 1993 né?

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    4. Exatamente, essa mania chata do politicamente correto não existia naquela época.
      Hoje em dia TUDO é preconceito, racismo, machismo, misóginia, homofóbia, gordofóbia, etc, etc...
      O engraçado é que esse povo chato do politicamente correto fica policiando tanto tudo que é dito que cada vez as pessoas se tornam menos tolerantes.

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  3. Tem uma da Sexy Interview que ele fala mais dos galãs globais e da briga com a Clodovil ?

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  4. Eu tenho orgulho de ter visto esse grande artista vivo. Eterno e maravilhoso. Taí uma celebridade que merecia um filme nacional.

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  5. ahahahahha rachei ahhahhaha
    e esse jogador? ninguem nunca soube quem era??

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  6. Pra quem está curioso,o tal jogador q ela namorou foi o Junior Baiano.

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  7. Lafond maravilhoso!
    Agora o que mais me chamou a atencao é essa treta que ele tinha com o tbm maravilhoso Clodovil, kkkkkkk, ja até imagino essa entrevista que nunca foi ao ar..

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    1. Você acha o Clodovil maravilhoso!? Esse cara era super preconceituoso contra os demais homossexuais, era contra o casamento gay e qualquer outro direito, era contra a parada gay e a militância, era contra os transsexuais, além de ser antissemita e metido pra cacete. Reveja seus conceitos, por favor.

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    2. Clodovil maravilhoso? O gay mais homofóbico que já vi, tanto que hoje é usado como exemplo de gay por essa direita nojenta.

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    3. Clodovil era ótimo.

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    4. Clodovil era tudo!

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    5. Clodovil era tudo de ruim!

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    6. Gente não vamos brigar por causa disso porque o problema entre as duas não é q uma está mais certa q a outra, mas que as duas, ná época, eram de classes diferentes: A Clodovil tinha o hábito da bicha rica, que não se assumia porque era vexaminoso, embora fosse óbvia a vuadagem dela, se vangloriava de q não precisava se expor até porq não dependia de ninguém e que era respeitada sendo oq era (mas com dinheiro todo mundo é respeitado). Já a Laffond era "do povão", tava dando a cara a tapa, dizia "sou bicha meeesmo, adoro ser viado, e ai, qual problema?!", como ela mesma disse, ela não gostava de fineza e ironias, como ela a coisa era cara a cara, ela ea o q ela era. Embora eu ache q a Vera Verão fosse um personagem e ela por tras das câmeras agisse de forma comum, ela não fugia da briga. Esse tipo de richa existe até hoje entre nós. Clodovil, bicha de direita, elitista, Lafond, de esquerda, populista. Pelo menos é o q parece

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    7. Denison, o seu comentário foi o mais coerente!

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    8. Sobre o Clodovil, embora ele fosse declaradamente, contra tantas conquistas gays e não fisesse a mínima questão de ser um representante da classe. Eu o admiro sim pela força de carater dele. Ele tinha os melindres dele, às vezes, mas era integro e talentoso. Ele foi uma vítima do tempo dele. Hoje é meio dificil de imaginar, pois as coisas pra nós, isso ninguém pode negar, mudaram muito em muito pouco tempo, mas na época dele ou vc tomava coragem vestia a carapuça do q a sociedade achava q era ser gay (o que a personagem Vera Verão sintetizava muito bem) ou vc calava e omitia. O Clodovil, como muitos ainda hoje, resolveu calar. Hoje é estranho ver alguém ter vergonha ou raiva de ser gay, mas na época dele, a 30/40 anos atrás, era consenso q a homossexualidade era um transtorno, e havia a epidemia de HIV q só estigmatizou os gays, assumir-se gay era assumir uma culpa diante do mundo. Seria anacrônico, eu que vivo em 2015, e gozo de uma relativa liberdade em relação à minha sexualidade, olhar pra o Clodovil e condená-lo por confirmar o q era consenso na época. A propria postura dos estrevistadores dessa revista do Casseta e Planeta é um exemplo do tipo de consciência que pairava naquela época e q era vista como natural. Não vai longe, eu acho q se tivesse sendo adolescente agora teria sido muito mais feliz e livre que quando era adolescente a 12/14 anos atrás, porq na minha epoca havia sim mais preconceito. Hj eu vejo sempre casais de meninos (e de meninas) de 14/15 anos de idade de mãos dadas na rua, no ônibus. Na minha época isso era considerado uma vergonha, as pessoas apanhavam (hoje acontece, mas num contexto geral um pouco diferente). Só acho q as pessoas q estão aqui criticando o "politicamente correto" não o confundam com o respeito necessario para a boa convivência na multiplicidade. Admiro sim o Clodovil, porq ele tinha carater, se ele não gostava, não gostava. Ele sempre queria dar o melhor de si e sempre  exigia o melhor de quem o rodeava, e isso era evidente a todos os momentos. Adoro o Laffond também pela coragem, a cara dura. A verdade é que esses dois são opostos, mas marcaram o consciente coletivo por serem talentosos e integros.

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  8. Lafond maravilhoso contornou a situação extremamente homofóbica numa boa, a questão não é 'saudades do politicamente incorreto' e sim o de não tratar mais os gays apenas como homens que gostam de pau e bunda, mas como gente, a entrevista girou apenas em torno do fato de Lafond ser negro e gay e não de ser um artista completo, coisa que ele era. Sdds Lafond, já Clodovil, deixa ele ser usado como 'exemplo de gay' pra essa direita imbecil que tomou conta do país.

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    1. A entrevista não foi para um jornal ou para uma revista tipo a Veja.
      Era para o Cassseta e Planeta - humor - logo o humor da época era assim.
      Os Humoristas antigamente faziam humor com as coisas que hoje em dia seria bullying.
      Antigamente era visto com normalidade isso.

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    2. "Eu Não, você !!" [...]
      "Mudando de assunto, você só dá, só come ou é na base do troca-troca?"

      Muitos de nós gays levamos tais questionamentos do tipo na esportiva,ou seja, naturalmente. Agora não é comum e nunca foi em entrevistas assim, ou seja, com os mesmos tipos de questionamentos focados nos héteros. Por quê?


      O humor da época, bem como a sociedade como um todo era e infelizmente ainda é desprerarado sim! O problema maior não é nem o humor em si, se no dia a dia, na vida real, os gays fossem vistos definitivamentes como "normais", poderiam fazer humor muito mais escrachado até, pois num país preparado, com educação de primeira, saberiam definir bem o humor, respeito, bem como o direito de um homossexual viver em seu pleno direito na sociedade como um todo.

      Porém sabemos muito bem o irferno que é ser gay num subpaís, desde criança, ninguém prepara o gay para que o mesmo não seja vítima até dele mesmo, em se sentir culpado por tudo e por todos.

      O gay carrega a culpa até mesmo de DST, uma das maiores covardias inclusive. A maioria não se dão nem o trabalho de estudar e se informar sobre poha nenhuma, é muito mais fácil crucificar.

      O Lafond foi um dos exemplos do que estou querendo dizer, imagina se o tal jogador, ou seja, ambos assumissem um romance, namorico, lance ou apenas uma ficada qualquer em público, putz, a carreira do jogador provavelmente iria por água a baixo. Isso porque muitos dizem que respeitam. Lafond morreu sem entender muito bem o porque, num período onde passar informações necessárias para a prevenção, riscos de contrair o vírus etc.

      Resumindo, achei a entrevista preconseituosa sim, mas Lafond com sua personalidade forte e com maestria, como mencionou o colega acima, soube muito bem se sobresair.
      No mais, respeito as opiniões daqueles que não concordarem comigo.

      PS:
      Adoro o humor, e o mundo seria muito chatíssimo se não pudessemos rir de nós mesmos, fazer piadas das nossa falhas, dia a dia, etc e tal... Apenas gostaria que assim como o humor, o respeito por completo em relação aos gays fosse uma necessidade também. E não este respeito maquiado que estamos esgotados de ver-mos por aí.


      #ApenasIsso

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    3. Migo, Lafond morreu de infarto, tinha problemas cardíacos, era hipertenso, e estava sofrendo com depressão pois ele nunca superou o fato do Padre Marcelo ter pedido pra ele se retirar do palco qdo foi se apresentar lá.

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    4. kkkkkkkkkkkkk, eu sabia disso. Mas viado não poupa nem viado na hora do preconceito: a bicha morreu, se não foi assassinada, então foi HIV. Invariavelmente!

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    5. Isso é o que dizem tb né, ninguém pode provar nada, tanto o hiv qnto a parada cardíaca causada por hipertensão. Mas confesso que desconhecia o fato de que ele era depressivo, eu deveria tenr uns 10 anos, não entendia muito bem.
      Não vi preconceito algum no comentário do anônimo 20:07. Enfim, viado "poupa nem viado na hora do preconceito: Argumentar, opinar, dialogar... pra quê ne?
      Depois querem reclamar pq sofrem bullyng de héteros... eles, os héteros, apesar de tudo, são mais "fechamentos" entre eles em diversos parâmentros. Inclusive na discordância de opiniões.

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  9. Desculpem-me pelos erros ortográficos, fui digitando rápido e não corrigi o texto todo antes...
    *despreparado
    *Chatíssimo (ninguém merece "muito chatíssimo)
    Algumas concordâncias, falta ou lugar errado de ponto e vígula etc...

    Abços a todos

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  10. Ele era incrível, tenho uma vaga lembrança dele no SBT, mas já vi alguns vídeos da Vera Verão no youtube.

    E essa entrevista é um achado, TKs Sr Bananas.

    (obs: existe orgasmo anal sim)

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  11. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

    Só uma coisa: fico pensando se essa entrevista fosse publicada nos dias de hoje, como seria julgada e criticada! Nunca nossa sociedade se tornou tão hipócrita e moralista perniciosa. Lafond acima de tudo, foi um artista de vanguarda!
    E quanto a politicamente incorreto, isso é desculpa pra fazer piada em cima das chagas e mazelas dos outros. Comigo isso não tem nenhuma graça. Na entrevista eu ri das respostas dele, das perguntas...não há muita criatividade e comicidade, cá entre nós.
    O Humor de verdade é pra alguns, e Lafond tinha essa faceta, dentre muitas que ele teve.

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  12. Geralmente os que defendem o humor politicamente incorreto são os casados com mulher que trepam com homens as escondidas e ficam fazendo piadas
    preconceituosas contra gays, mas claro,
    com a esposinha ao lado.

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  13. 1- Ficou em depressao por causa do tal padre, e quem teve mal por causa de depressão foi o tal padre.Lei da ação e reação. 2-Monique Evans querendo ser a bucetuta pra cima de gay assumido e hj em dia é sapatao 3- Difícil de encontrar e ser um gay como o Lafond que diz abertamente que não quer NADA com mulher.Hoje em dia os gays acham que tem que ser bissexuais e querem arrastar todos para isso, parece obrigação ter que sentir tesão por mulher e comer buceta.

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    1. Pois é, tanta contradição. O mal da sociedade é esse. Querer qualificar orientações/condições sexuais alheias. #Fato

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    2. Anónimo de 21:53 essa sua conversinha de gay mal resolvido é tão cansativa.

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  14. Esses "gays" que sentem saudade do politicamente incorreto estao fazendo o que mesmo para minimizar a discriminação contra gays? Se antigamente um padre podia podia exigir que se retirasse um gay do palco de um programa , porque senao ele nao se apresentaria, hoje gays já não aceitariam serem tratados assim.Tem saudade de gays submissos engolindo sapos, e em nome de um pseudônimo ficarem tratando gays como merda! Aliás esses cassetes fazem tanto sucesso atualmente kkkkkkkkkkkk

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  15. "Pseudonimo" não, eu quis dizer pseudohumor

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  16. "C&P – 18 anos?! E você precisa.levar?
    LAFFOND – Não estraga meu argumento!"...kkkk o melhor

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    1. 18 anos num período onde a informação era muito mais precária, Não que hj muitos deixaram de ser completamente alienados, mas kd que o C&P conseguiu manter sua "linha".Acho que continuar a imitar novelinhas das 9 estragaria qualquer argumento.

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  17. Não acredito que alguns estão discutindo o estilo de entrevista de humor de HÁ 22 ANOS !!!!!!!!!!!!

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    1. Ué, e pq não? Ñ faz parte da história?
      A tal bíblia não é descutida e seguida até hj? o gibi da mônica e afins?
      O ser humano é assim, relembra, discuti, comenta, critica, se delicia, mata a saudade etc....

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    2. VRÁÁÁÁ arrasou na resposta veado. O outro não gosta de debate saudável e veio tentando tombar. E que bom que tivemos ações afirmativas e veados que deram a cara a tapa, saindo do armário, lutando contra essas piadas politicamente incorretas (mas que machucam sim e provocam inclusive muitos transtornos e perpetuam preconceitos). HOJE TEMOS ENTREVISTAS MAIS ELEGANTES e que focam na carreira da pessoa e não no fato dela levar um homem ou mulher pra cama. Ainda não estamos no ideal, mas caminhando pra isso.

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