Em decisão publicada nesta quinta-feira, o ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, decidiu dar continuidade a um mandado de injunção impetrado pela ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros) que pede a criminalização da homofobia no país. A medida reverte resolução anterior do ministro Ricardo Levandowiski, que havia rejeitado o mandado por entender que este não caberia para a discussão do caráter criminal do preconceito e da violência contra LGBTs. Um mandado de injunção é uma ação que que pede a regulamentação de uma norma da Constituição, quando os poderes competentes (neste caso o Legislativo) não o fizeram.
A ação passará a correr conjuntamente com a ADO (Ação Direta de inconstitucionalidade por Omissão) impetratada pelo PPS e que aguarda parecer do ministro Celso de Melo. Ambas as ações buscam a equiparação da homofobia ao crime de racismo . O partido e a ABGLT procuraram o STF depois de o Congresso Nacional mostrar-se contrário a discutir a medida. O Projeto de Lei 122, criado pela deputada Iara Bernardi em 2001 nunca chegou à votação em plenário. O PL 122 ficou por mais de uma década parado na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. No ano passado, o projeto acabou expirando e extinto.
Criador das duas ações que correm no STF, o diretor presidente do GADvS (Grupo de Advogados pela Diversidade Sexual), Paulo Iotti, comemorou a decisão do ministro Fachin. “É muito importante, pois, no mínimo, mantém mais um ministro analisando o tema, o que pode ajudar a agilizar o julgamento no futuro, além de mostrar a necessidade de uma lei que proteja a população LGBT”, disse Iotti. “Por outro lado, reconhece o mandado de injunção como ação adequada para que minorias e grupos vulneráveis exijam do estado a aprovação de leis que lhe protejam de discriminações, conforme exigências constitucionais, o que é importante para os direitos humanos como um todo”, completou.
Ativistas comentam decisão de Fachin
Para o fundador da ABGLT e atual secretário de Educação do órgão, Toni Reis, a decisão do ministro do STF é um sopro de otimismo para uma das principais causas do movimento LGBT. “A posição do STF é muito mais ponderada do que a da maioria dos parlamentares do Congresso Nacional, onde o que existe é uma irracionalidade coletiva. No Supremo, a gente tem lá cabeças iluminadas como o Fachin, o Celso de Melo e a Carmen Lúcia”, disse o ativista. Ele argumenta que a criminalização da homofobia será importante para dar o mesmo direito à proteção da lei garantido a outras minorias. “Ninguém pode discriminar ninguém. Negros, pessoas com deficiências e as mulheres já têm medidas legais que garantem a punição a quem agir com preconceito e violência. Se existe proteção para um grupo, deve existir para todos”, comentou.
Discriminado ao ser expulso de um cinema ao beijar um namorado, o ativista João Junior critica o Congresso Nacional ao obrigar o STF a decidir sobre a criminalização da homofobia. “A decisão do ministro Fachin escancara mais uma vez o quanto o Brasil está atrasadíssimo em relação a elaboração e aprovação de uma lei que criminalize claramente as diversas práticas homofóbicas. A defesa da criança e o combate a violência contra a mulher, ao idoso e ao racismo foram impulsionados com mais força depoos da aprovação de leis para proteger essas populações. Não faz sentido termos um Congresso tão acovardado sobre o tema da homofobia”, abordou.
Oremos, manas!
Pois só assim para essa Lei ser aprovada no Brasil...
H
ResponderExcluirOprah Rainha,maravilhosa,elegantissima,adoro!!!
ResponderExcluirPela graça de Deus e das bichas, a criminalização vai ser uma vitória! E que venham mais direitos a nós!
ResponderExcluirSou otimista quanto ao ministro fachin! Como estudante de direito, sei que ele é estudioso dos direitos civis e da personalidade. E pelos posicionamentos dele, tem tudo para ser favorável.
ResponderExcluirFale mais sobre a atual política!
ResponderExcluirPRIMEIRO DE TUDO: ESSE GIF DO DARREN ALI? ME MATOU DE VEZ, PRINCIPE LINDO.
ResponderExcluirJa era pra ter sido aprovado a muito tempo... espero que seja dessa vez
Outra coisa que precisa ser lutada pelos LGBT eh mudarem aquela parada la da constituição (n sei o nome) que diz que familia eh união de homem e mulher... Ja ta na hora de pedirem pra mudar o significado da palavra familia.
Essa se nao sabem eh a desculpa do Bolsonaro pra nao considerar gays/leabicas/trans familia
é preciso a propositura de uma emenda para isto. veja o art. 60 da cf.
ExcluirIsso já foi decidido há algum tempo pelo Congresso conservador que família é o casal e os filhos.
ExcluirNão tenho religião, mas farei preces para que os espíritos de luz inspirem esse homem.
ResponderExcluirO que esperar de um Congresso Nacional repleto de pessoas que defendem apenas as causas benéficas para uma parcela da população, visto que a bancada evangélica fundamentalista toma cada vez mais força, e o que é mais irônico é saber que parte dos parlamentares que fazem parte da comissão de direitos humanos são homofóbicos declarados e parciais.
ResponderExcluirCabe agora ao STF decidir algo que os próprios parlamentares deveriam trazer à baila e legislar sobre.
O STF mostrou-se favorável à união estável entre pessoas do mesmo sexo uma vez e acredito que dessa vez farão novamente um bom trabalho.
Este post não vai interessar as mal resolvidas que comentam no site.Detesto gente q não sabe o que quer da vida.
ResponderExcluirSim, aqui o que bomba eh postagem de homem hetero e preconceituoso
ExcluirO não já temos. Sonhar não paga nada.
ResponderExcluirE que o senhor ministro represente muito bem nosso Paraná.
ResponderExcluirOprah lacrando no final.
ResponderExcluirCalma gente, infelizmente não é o STF responsável por criar leis, ele não pode substituir o papel do Legislativo.
ResponderExcluirSim, já é um começo evolutivo nas questões LGBT que tudo venha para o benefício de muitos.
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