domingo, 30 de outubro de 2016

Movie - Stonewall

No fim dos anos 1960, um adolescente começa a descobrir novas ideias políticas e as dificuldades da vida adulta, às vésperas da rebelião de Stonewall, quando lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros enfrentaram a polícia de Nova York. 

Eu assisti o filme ontem e gostei!

Os EUA da década de 60 ainda se parece tanto com o Brasil de 2016...

Acho que o filme ilustrou bem a Sociedade x Gays, Pais x Gays, Gays x Gays !

Eu passei o filme querendo ajudar todos! rsss...
Tanto o Padrãozinho Inocente Fofo do Interior que vai para NY, quanto a Trans Latina Esperta que tenta sobreviver.
E o Padrãozinho Inocente Fofo do Interior eu fiquei morrendo de vontade de dar um banho nele durante o filme todo, se você assistir... vai entender! rsss...

Não vou comentar muito os fatos pra não dar muito spoilers pra quem quiser assistir. Basta você jogar no Google que acha fácil pra assistir legendado e online.

Segundo o site Hollywood Reporter, ativistas LGBT norte-americanos acusam o diretor de deixar de escanteio importantes figuras históricas negras, latinas e trans, para centralizar a narrativa num personagem fictício, gay, cis e branco. 

Uma petição online que pediu o boicote de Stonewall contava com quase 22 mil assinaturas. Outra, reclamando do teor revisionista do filme, acumulou quase 500. “Hollywood tem uma longa história de higienização e construção de narrativas com Salvadores Brancos, mas isso já é demais”, explica a petição. “Um filme historicamente correto sobre as revoltas de Stonewall se concentraria nas histórias de pessoas não-caucasianas queer e fora da conformidade de gênero como Sylvia Rivera e Marsha P johnson. Não as relegue a figuras de fundo a serviço de um protagonista fictício branco, cis e homem.” 

Figuras históricas importantes ficaram de fora do roteiro de Stonewall, denunciou o site Gaily Grind: Stormé DeLarverie, a lésbica caminhoneira que deu o primeiro soco nos policiais, desencadeando o confronto, não consta na lista de personagens do filme. Tampouco aparece nessa lista a ativista bissexual Brenda Howard, que organizou a primeira Parada do Orgulho LGBT, um ano após o embate em frente ao inn. 

Jon Robin Baitz, co-roteirista do filme, escreveu em sua página no Facebook que a campanha de marketing do filme não representa a mistura étnica que o longa apresentará. “Eu entendo as pessoas que estão revoltadas por causa de um filme que ainda não viram, e peço que abram seus corações e permitam que o filme seja julgado com base em seus próprios méritos, não pelas exigências de um departamento de marketing, porque o marketing se apoia completamente no medo, enquanto a arte se apoia na ira, na esperança e no fogo. O cinema americano fica num meio-termo – oscilando nervosamente entre o comércio e algo maior, e tropeçando o tempo todo.” 

Apesar das reclamações que teve pelo público LGBT dos EUA, o filme não tem uma densidade histórica mesmo. Pelo que parece... Stonewall serviu mais de um pano de fundo para contar uma história.
 
 
Falando em Stonewall: Madonna, Cher e outras celebridades doaram vários objetos para serem leiloados para construção e manutenção de Monumento Histórico lá, na semana passada.


11 comentários:

  1. Adoro os filmes do Emmerich. E esse tem jeito de ser muito bacana também.

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  2. O que vale é a exposição do fato em si, que venham mais filmes contando as histórias dos personagens reais.

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  3. Super vou ver. Obrigado pela dica. =D

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  4. Normal de Hollywood excluir os "não brancos"...

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  5. Talvez essa questão ao redor do filme seja a coisa mais importante a respeito do filme - o termo "higienizar" é "ótimo"... agora, o Leonardo DiCaprio vai fazer um filme contando a história de como surgiu o rock... BRANCO - mas os que gostam de música, sabem que o rock surgiu com os negros e não com Bill Harley & His Comets, ou pior, com Elvis Presley - Elvis é um achado, mas DEFINITIVAMENTE, o rock não surgiu com os brancos, mas o filme será como se fosse! Se isso for verdade, quero mais que gere muito BARULHO MESMO... está mais do que na hora de dar mérito a quem de direito!

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  6. Nenhuma surpresa com a higienização...

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  7. A maioria esmagadora da população norte-americana é branca, na década de 60/70 a porcentagem era maior ainda. Nesses guetos a maioria era de homens homossexuais, nesse bar não seria diferente, basta olhar as fotos da época. Mas agora homens homossexuais norte-americanos devem todo e qualquer direito, e por que não dizer a própria vida, a lésbicas, bissexuais e travestis negras e latinas. Quem faz revisionismo¨histórico incessante são esses ativistas pós-modernos LGBTTIQA+%$#@&*. Sinceramente...

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    1. Não é a maioria esmagadora não....

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    2. A revolta de parte da população Lgbt é começou com grupos que eram mais oprimidos travesti,afeminados,mulheres masculinizadas e pessoas negras. Segundo relatos históricos de pessoas que estavam no local a última foto quem jogou um objeto foi uma trans negra. Pessoas com o padrão heteronormativo geralmente preferiam se casar com mulheres do que enfrentar uma realidade cruel e pessoas com outro perfil não tinham essa escolha ficando visível sua situação. É como se pegassem um filme que fala sobre escravidão e só colocassem pessoas brancas e dentro de um padrão visto como aceitável. Os principais alvos da épocas não eram pessoas brancas e heteronormativas mas pessoas de outro perfil, pq eles não tinham escolha além de se assumirem. Essas pessoas perdiam o contato com a família,o direito de estudar,apareciam no jornal com endereço e ainda eram presos. Não se tinha escolha.

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