domingo, 22 de abril de 2012

Atriz descobre que o marido é gay e transforma decepção em série de humor

Desde os 16 anos ao lado do então namorado e depois marido Peter Marc Jacobson, Fran Drescher demorou a aceitar a realidade que se apresentava a ela, nua e crua: Peter era gay. Em vez de sofrer por uma eternidade, a atriz de “The nanny” fez o que sabe melhor e transformou, junto com o ex, o drama do fim do casamento em uma comédia. Criada e escrita a quatro mãos, a série “Happily divorced” estreia neste domingo, às 20h30, no Comedy Central, mostrando a rotina de uma mulher, que — adivinhe! — descobre que o companheiro é homossexual.
— Gosto de escrever sobre o que conheço — admite a atriz, falando do México, onde foi lançar a atração, por telefone à Revista da TV: — A televisão é um meio muito rápido, e você tem que saber o máximo de detalhes e especificações sobre o seu programa. Gosto de interpretar personagens que são muito próximos de mim. E não tenho o menor problema em me expor e mostrar minha vida. Já escrevi duas biografias baseadas em minhas experiências durante a infância e estou produzindo mais um livro, que vou lançar ainda neste ano.
Com a mesma voz anasalada que a tornou famosa em “The nanny”, seriado no qual interpretava a babá Fran, de 1993 a 1999, a atriz de 54 anos acredita que o tema de sua nova série seja cada vez mais comum nos dias de hoje. Na trama, uma florista, também batizada de Fran, se divorcia do marido, Peter, interpretado por John Michael Higgins (de seriados como “Ally McBeal” e “Arrested development”). Ela descobre, depois de 18 anos, que ele é gay. No entanto, por conta da situação econômica dos dois, decidem continuar morando na mesma casa — ou seja, confusão na certa.

Com a atração no ar, é interessante como as pessoas têm compartilhado cada vez mais comigo histórias como essas, principalmente mulheres. No fim das contas, acredito que vivemos em uma época ainda bem difícil quando se é homossexual — explica a atriz, engajada na causa dos direitos da comunidade gay nos Estados Unidos: — Realmente, espero que, em um futuro não muito distante, uma criança possa crescer aceitando quem ela é, em vez de tentar viver uma falsa vida.
Atualmente, Fran diz que tem uma relação de amizade com Peter, seu ex. Tanto que os dois, que se divorciaram em 1999, escreveram juntos o seriado, agora em sua segunda temporada nos EUA. A ideia de usar a história do casal como tema veio depois que o canal americano TVLand pediu à atriz algumas ideias para uma possível nova série.
— Apresentei quatro argumentos diferentes e nenhum era “Happily divorced”. Eu só iria produzir e escrever. No entanto, um executivo do canal queria que eu atuasse como atriz e perguntou que tipo de história me levaria para a frente das câmeras. Contei
o que aconteceu comigo e imediatamente começamos a produzir a série, que mostra uma mulher tentando viver uma nova rotina de solteira e um homem que quer se integrar ao universo gay — explica Fran, que, em 2005, ainda emplacou o seriado “Living with Fran”, de duas temporadas.
Dos tempos de “The nanny” (que rendeu versões locais e adaptações em mais de 80 países, como Argentina e Rússia), ela guarda boas lembranças. No Brasil, a atração foi exibida pelo canal Sony. Quem não se lembra de Fran Fine e do seu patrão/interesse amoroso Maxwell Sheffield (Charles Shaughnessy)?
— Dou total apoio às versões locais. Sinto-me lisonjeada ao ver que uma série que criei e produzi ainda é um grande sucesso — comenta.


Fonte: Globo

3 comentários:

  1. Acho que ela é uma exceção, a maioria prefere "sofrer pela eternidade" como foi dito, alias, homens e mulheres são bem diferentes MESMO! Elas bem que sabem que o namorado/marido é gay, mas acham que elas vão fazer com que eles deixem de ser (pura ilusão)e qdo eles não aguentam mais e resolvem assumir, elas ficam com raiva.Já os homens, tontos como são, nunca desconfiam que estão namorando/casados com uma lésbica, acham até natural aquele "entusiasmo" dela por outra mulher, e qdo ela resolve assumir que gostam da coisa, o que eles fazem? Eles entram em uma especie de acordo com elas, resolvem manter o casamento e as liberam pra transar com outras mulheres a vontade, inclusive, mas não necessariamente, na frente deles.

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  2. OMG, aquela primeira alí é a "Rochelle"! *--*

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  3. A série e meia boca, nada de excepcional.Mas dá pra arrancar alguns risos.
    Uma correção, a série e exibida pelo canal TBS.

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