domingo, 11 de maio de 2014

Filosofando com a Banana - Mães e Gays ...

Mãe é a Primeira a perceber que o filho é Gay? 

Mãe por perceber tenta "consertar" o filho para ele não sofrer com os males da língua do povo e para não se sentir culpada por ter criado de maneira errada (na cabeça dela o pensamento seria esse?) ? 

Mãe é a primeira da família que o filho conta que é Gay? 

Mãe não aceita de primeira pq não sabe como lidar com toda aquela situação. Mas depois é a que mais apóia o Gay dentro da Família?

Mãe quase sempre fica repartida no meio da relação entre Pai e Filho? História de Édipo feelings... 

Depois que fiz esses questionamentos, gostaria de me apresentar. Sou Luciano, tenho 25 anos e sou de Joinville.

Na minha família posso dizer que o relacionamento que tenho com meus pais é praticamente só com minha mãe.

Quando eu era pequeno o meu pai não dava a miníma bola, vivia pra fora de casa. Como ele foi criada numa familia com modos antigos, na cabeça dele o Pai tinha obrigação apenas de trabalhar e sustentar os filhos. Assim posso dizer que não tive muita a figura do meu pai, mais da minha mãe, e hoje que cresci e ele desenvolveu um pouco o pensamento, ele tenta ainda puxar conversa comigo mas a gente tem quase que nenhum assunto em comum.

Já com a minha mãe sinto que ela sabe que sou Gay, mas não quer falar nada pq seria como se estivesse me incentivando a ser gay, penso eu. E ela desde que eu era pequeno sempre me deu uns toques se eu deslizava em alguma coisa, pois eu era criança e inocente, talvez não via mal em algo que tinha visto na tv e fazia também. Agradeço a ela, pois assim evitou de eu passar alguma vergonha ou ser criticado.

Agora sinto que ela nunca vai falar nada com medo de incentivar eu a assumir, de meu pai poder achar que ela errou ao me criar, para os outros não falarem por trás que ela errou ao me criar.

Penso que junto com o Gay, a mãe acaba sofrendo também, pq querendo ou não acaba respingando nela, refletindo nela.

Difícil e Complexo........ Mande beijos para o Édipo.



via email - bananasbusiness@hotmail.com

13 comentários:

  1. é verdade. Concordo com você. Depende de pessoa pra pessoa. Pra mim não ia ser fácil me assumir, porque minha mãe, tem muito preconceito com os gays, e minha família em peso é evangélica. Eu sei que se eu falase pra minha mãe que eu sou gay, ela não irá aceitar e vai sentir vergonha de mim. o que não devia acontecer. Então por isso continuo no armário e não vejo a necessidade de sair, queria ser bem resolvido, mais a revolta da minha família se souber que sou gay será muito grande.

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  2. bom no meu caso não é muito diferente, quando minha mãe me chamou para conversar e perguntar se eu era gay,quando falei que sim eu que fiquei mal naquele momento, ela mesmo vendo a tristeza em seus olhos tentava reagir normalmente com os passar dos dias...se passaram anos e hoje minha relação com ela é a melhor. Infelizmente com meu pai não, ele se separou cedo da minha mãe e quando criança era tudo na base da gritaria e porrada. Hoje vejo que ele me trata diferente em relação aos meus irmãos, pouco me procura. Se me perguntar se ele já sabe...claro que sim!! não sei se por isso me trata diferente!!! ele não toca no assunto eu tambem não...enfim fica nesse relação que as vees acredito de falta de amor. Ele nuca chegou e me perguntou mas especula que eu sair de uma escola na qual trabalhava por ser gay. E hoje essa relação com ele me dói, por não saber lidar com tudo isso!!!

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  3. A gente é parecido. Será que somos irmãos? E se formos, tem problema eu estar desejando te comer?

    Cara, me abraça. Tô chorando e não sei porque.

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  4. Ainda bem que já passei dessa fase o mais rápido que foi possível...

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  5. Minha relação com minha mãe é excelente (e com meu pai também).Quando, ainda bem novinho, disse a ela que eu era gay, senti não tristeza da parte dela, mas preocupação, por causa do preconceito que nós gays sofremos.Adoro meus pais, eles me tratam com muito amor, e na religião deles ( são espiritas kardecistas) não há lugar para preconceitos.Nao quero discutir religião, todas tem seu valor, desde que a pessoa queira o melhor para seu semelhante.Quero dizer que acho muita sacanagem exigir que todos se assumam gays, pois sabemos que muitos não podem, e tem aqueles que não querem, e devemos respeita-los.Desejo de coração sorte e muito amor na vida dos anônimos que já comentaram, e de todos que comentam neste blog.

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  6. minha situação é parecida, tenho 18 anos e tenho quase certeza que a minha mãe sabe ou pelo menos suspeita pq eu nunca falo sobre meninas ou tenho namorada, minha relação com ela é otima pra mim o problema de sair do armário seria meu pai que ja nao tem uma relação muito boa comigo e é muito preconceituoso com gays. acho que o meu maior medo de sair do armário é ser tratado diferente ou mesmo de nao ser mais amado pelos meus amigos ou familiares por isso continuo dentro do armário, tao fundo que quase cheguei em narnia já.

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  7. Faço dezoito mês q vem,não vejo a hora de ser independente e sair de casa.Ir p bem longe.Meus pais não sabem sobre mim,desconfiam.Aliás o mundo todo sabe.Não conto pq eles são muito ignorantes,já passei por situações horríveis,principalmente no meus quinze anos,eles nem me deixavam sair pq desconfiavam das minhas amizades,até hj sofro.só não quero passar tudo outra vez.

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  8. Legal!! precisamos de mais cidadania! imagina que na minha faculdade de Enfermagem a profa de saúde do adolescente fez uma dinâmica em que separou a turma em três grupos: os da direita (visão do aluno)seria a turma dos homofóbicos e que não deveriam aceitar de jeito algum a homossexualidade, os da esquerda que defenderiam os gays e a turma que ficou no meio e atrás os "encubados" que até então não tinham saído do armário. Caberia ambos os grupos da esquerda e da direita tentar convencer aos que estivessem indecisos a tomarem uma posição se contra ou a favor e porque? foi uma dinâmica muito boa e embora, os argumentos dos que estavam a favor fossem boa com uma pequena margem prevaleceu os contrários aos homossexuais.

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  9. Anônimo das 02:31. Acho que ter 18 anos não muda muito sua situação, a não ser que vc tenha um trabalho ou um lugar pra ficar, deve-se pensar bem antes de sair de casa. Falo por mim mesmo, minha vontade é sair de casa logo. Mais tenho que aguentar mais. É assim mesmo. Nossa vida n é fácil.

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  10. Sempre soube o que sou. Quando era criança e cometia um deslize, sempre minha mãe me corrigia. Eu não sou assumido e nem afeminado ( jamais fui ). Alguns meses atrás, eu e ela fomos em uma senhora evangélica que fez orações e revelações pra gente. Eu tenho dezoito e sou virgem. Quando a tal irmã me fez oração, me revelou que eu fui livrado de um possível caso de AIDS e me mandou orar e procurar a igreja, porque esse " problema " tinha solução. Minha mãe nesse dia ficou extremamente calada e pensativa, nunca mais fui nessa tal irmã pra não ter novas revelações que me deixarão envergonhado. Eu nunca tive namorada, não gosto de futebol. Por esse motivo, penso eu que ela tem uma leve desconfiança de mim. Meus pais são separados e não tenho assunto nenhum com o meu pai. Meu avô vive me tirando de viado " coisa que odeio pois nunca dei motivos " . De tudo isso, eu só fico triste por ser filho único por parte de mãe e não poder dar um neto a minha mãe.

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  11. Se um dia me assumir, cisa que não me vejo fazendo...eu diria pra minha mãe, escolheria ea, e somente ela, na familia pra contr meus medos, ansiedades, tristezas e desejos que permeiam esse universo da orientação. Pois creio que mesmo que ela fique na pior por isso, e não vou julga-la, a cultura que estamos inseridos é mais forte e maior que o individuo, ela me aceitaria, e continuaria me amando e sendo, o que ela é, mãe. Já o meu pai, tenho minhas dúvidas, e qualquer outra pessoa...mas mãe é mãe. Bom, mas acho que nunca vou contar, e será um segredo que irá comigo pro túmulo.

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